tag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post5613432850730382247..comments2023-10-20T05:12:32.308-03:00Comments on O Descurvo: Sobre Capitalismo e HumanismoHugo Albuquerquehttp://www.blogger.com/profile/13976272751425853150noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-90195630684238172492010-07-30T17:49:07.870-03:002010-07-30T17:49:07.870-03:00Serra Azul,
Creio que se trata mais do que um pro...<b>Serra Azul</b>,<br /><br />Creio que se trata mais do que um problema de alguma vertente do Liberalismo - afinal, a isso que se chama de "neoliberalismo", apenas existe uma produção teórica, cujos próprios produtores não aceitam o título de "neoliberal". Na prática, tirando algumas exceções de países minúsculos, esse arcabouço de ideias jamais fez outra coisa senão apenas influenciar alguns governos. Creio que hoje, a tensão estabelecida na maior parte dos países do mundo - possuidores de alguma quantidade de instituições formalmente democráticas - se dá entre um social-liberalismo e uma social-democracia - muito mais uma oposição entre um universalismo com seus pés em Kant ou em alguma maneira de idealismo com certos componentes hegelianos macaqueados com uma influência da vulgaridade positivista. É a oposição, no plano político, de um pensamento onde o debate é reduzido a uma formalidade universalista - que explicariam tudo - e do outro de uma marcha incessante rumo a um progresso - embora ainda haja lugares onde exista uma direita ainda influenciada por decorrências do positivismo, como na França, por exemplo. Em suma, a ideia da naturalidade versus a ideia da marcha. Ainda que a segunda seja menos simpática ao Capitalismo, ela só interfere esteticamente em seu funcionamento - e o mesmo pode-se dizer da primeira, quando naturaliza tal sistema econômico. O ponto-chave da questão é o processo de expansão incessante e paranóico do Capital que extravasou as fronteiras nacionais, transformando os Estado-nação, antigos simulacros necessários para lhe garantir a vida, em seus instrumentos. A superprodução mundial que se manifesta pela esterilidade de boa parte do produto econômico diante das necessidades sociais, ambientais e agora econômicas da humanidade se constituem como a sombra do temor mais pungente desse sistema de produção: A impossibilidade de reprodução - que é o seu meio e o seu fim respectivamente. Pode ser que estejamos próximos do apocalipse do Capitalismo, mas se não for projetada uma saída - e seja do ponto de vista filosófico ou político nada foi produzido -, será o da humanidade também. <br /><br />abraçosHugo Albuquerquehttps://www.blogger.com/profile/13976272751425853150noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-951655493122087872010-07-30T17:30:06.781-03:002010-07-30T17:30:06.781-03:00A recente crise do Capitalismo, desnuda com riquez...A recente crise do Capitalismo, desnuda com riqueza de detalhes as fragilidades e incongruências do neoliberalismo, teoria econômica engendrada pelos Estados Unidos e Inglaterra, no final do século XX, tendo como cerne do seu ideário político e econômico, a desestatização, aperto fiscal, controle da inflação, câmbio flutuante e superávits em comércio exterior, como receita para evitar crises sistêmicas. Por ironia da história, enquanto as crises atingiam os países periféricos, a teoria do neoliberalismo cumpriu o seu desiderato tranquilamente, não importando com os efeitos colaterais decorrentes da sua aplicabilidade, tais como: recessão, desemprego em massa, e, por conseguinte, ampliação da miséria social. Na atual conjuntura, que a crise atinge os países centrais, o neoliberalismo terá o seu grande teste, quem sabe, o último da sua curta existência. No site da Carta Maior, encontramos um artigo instigante de autoria de Michael R. KratkeS, professor de Economia Política e Diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido, trazendo esclarecimentos a respeito do sistema capitalista, bem como das suas convicções de que a BP, por se tratar de uma empresa petrolífera que se refinancia com derivados creditícios e fundos de pensões que agora, sofrem perdas irreparáveis, é uma bomba de relógio no sistema financeiro mundial. Será o apocalipse?Luiz Serra Azul Juniornoreply@blogger.com