tag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post7067195637345307231..comments2023-10-20T05:12:32.308-03:00Comments on O Descurvo: Sobre Wikileaks e FacebookHugo Albuquerquehttp://www.blogger.com/profile/13976272751425853150noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-88244504957910867642011-12-13T23:07:21.238-02:002011-12-13T23:07:21.238-02:00Depois de refletir um pouco melhor, Hugo, não diri...Depois de refletir um pouco melhor, <b>Hugo</b>, não diria que as redes sociais são <i>apenas</i> "uma versão sofisticada dos desenhos das cavernas." - isto foi uma leitura deslocada do contexto do capitalismo cognitivo, antropofágico, que engole e toma para si todos os aspectos da vida.Luis Henriquehttps://www.blogger.com/profile/13841126782816117702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-84126189554089668802011-12-13T22:48:04.715-02:002011-12-13T22:48:04.715-02:00CFagundes: :-)<b>CFagundes</b>: :-)Hugo Albuquerquehttps://www.blogger.com/profile/13976272751425853150noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-39333899855588343102011-12-13T22:47:29.487-02:002011-12-13T22:47:29.487-02:00Lucas,
A metáfora é para explicar que esses entes...<b>Lucas</b>,<br /><br />A metáfora é para explicar que esses entes serviram como meios - e, de certa forma, como catalizadores -, de transformações. Existe uma falácia recorrente na (velha) esquerda que é desqualificar a importância de Wikileaks, das redes sociais e da Rede como um todo, dizendo que eles não causaram nenhuma revolução - de fato, não, mas são meios necessários para tanto, a ponto de serem um fator de sua qualificação.<br /><br />A Primeira Guerra não aconteceu pela metralhadora e pela aviação de combate primitiva, mas elas certamente lhe deram suas características definitivas... <br /><br />A questão chave daí é como a energia e sua respectiva interação tanto com a máquina-cavalo, quanto com a máquina-motor - mas cavalo e motor enquanto partes (centrais, é verdade) de carroça e locomotiva - , produz o movimento - aí, entramos em questão de engenharia e rendimento, o que precisamente é como a internet atua aí: ela potencializa, pela sua arquitetura, a energia que perpassa as lutas.<br /><br />abraçosHugo Albuquerquehttps://www.blogger.com/profile/13976272751425853150noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-68977616441831793232011-12-13T22:37:35.980-02:002011-12-13T22:37:35.980-02:00Luis,
Sim, coincido bastante com o seu preciso co...<b>Luis</b>,<br /><br />Sim, coincido bastante com o seu preciso comentário, meu caro. A Rede, hoje, ilustra a batalha entre a economia do conhecimento e o capitalismo cognitivo, sobretudo depois do colapso da Nasdaq (por tabela, da <i>new economy</i>) - o que, concordando com os negrianos, me parece a tônica do capitalismo atual, fundado na exploração radical do comum, na produção imaterial (marcas, software, o conhecimento, afetos, subjetividades etc), o que implica em uma nova forma de governança sobre a vida, um tanto mais profunda...o que gera o curioso impasse atual, no qual "fechar o cerco" equivale a matar o sistema e abri-lo, significa implodi-lo.<br /><br />abraçosHugo Albuquerquehttps://www.blogger.com/profile/13976272751425853150noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-57357384140890617192011-12-13T07:36:15.255-02:002011-12-13T07:36:15.255-02:00Muito bom. Esvaziar e saturar... investir na fratu...Muito bom. Esvaziar e saturar... investir na fratura.CFagundeshttps://www.blogger.com/profile/00249231035789249136noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-82892713023461707672011-12-12T12:48:20.197-02:002011-12-12T12:48:20.197-02:00Há uma metáfora mal empregada aí: não foi o trem, ...Há uma metáfora mal empregada aí: não foi o trem, ou anteriormente o cavalo, que fez o homem se locomover a mais de 5km/h - uma vez que ambos os modos de transporte alienam o sujeito de sua mobilidade, que é realizada por um outro [motor, cavalo, etc.]<br /><br />foi isto sim a bicicleta, que de brinquedo palaciano rococó se torna o "modo pedestre de longa distância" na metrópole hausmaniana e não por acaso vem sendo retomado com força atualmente. Pedal com duas rodas é uma bela sinédoque prática do autonomismo.<br /><br />mais sobre isso aqui -> http://ultimobaile.com/?p=3102Lucas Jerzy Portelahttp://ultimobaile.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5615581117174510345.post-61605902490821790952011-12-12T05:01:05.545-02:002011-12-12T05:01:05.545-02:00Eu entrei pro facebook 'empurrado' pela mi...Eu entrei pro facebook 'empurrado' pela minha turma de teatro e por - acreditem - minha mãe.<br /><br />Já não consigo mais sair dele. É uma amarra - desde a vontade de deixar o seu perfil 'perfeito' até as notícias de ontrem... rede social é o ópio da internet.<br /><br />Vejamos por partes:<br /><br />"Se o pós-fordismo é marcado pela virada do capitalismo ocidental em desenvolver sistemas de comunicação - e reproduzir nas suas redes, sua forma particular de exploração - pensar sobre Wikileaks e Facebook, e seu papel nisso tudo, é fundamental."<br /><br />Bem, pós-fordismo, ou toyotismo, se caracteriza mais pelo conceito do 'just in time', que é a produção que minimiza os estoques. É marcado, sim, pela dinâmica das relações de trabalho que tornam nossas vidas muito mais 'apressadas' do que em épocas passadas.<br /><br />"A Internet, aliás, nunca esteve tão "social" quanto agora. As redes sociais engoliram a velha rede baseada na navegação livre e anônima, nos prendendo a uma territorialidade, que é o nosso próprio "perfil real", isto é, à nossa identidade fora da rede (...) de tal modo que a navegação torna-se ancorada e identificada por definição."<br /><br />Pode-se dizer, então, que o mundo online está integrado na vida das pessoas, e virou necessidade básica para 'estar ligado' nas coisas. Esse 'acanhamento' das redes sociais é consequência da própria necessidade humana de compartilhar sua vivência, de dizer o que pensa, o que gosta, o que faz. As redes sociais são nada mais do que uma versão sofisticada dos desenhos das cavernas.<br /><br />"O modo de exploração de Facebook volta-se à vida pessoal de seus usuários, seus afetos mais banais <br />(...) - tudo transferido para as corporações que, a partir de um perfil de consumo ultrafiltrado, vendem suas bugigangas. De repente, todas essas trocas de afetos desapareceriam se o site fechasse ou resolvesse apagar o que quisesse. Não existe produção explorada em um sentido clássico, mas a própria autoprodução do vivente em sua mais elementar sociabilidade."<br /><br />Isto é um perigo. Se um dia, de repente, nos dermos conta de que não sabemos mais como se relacionar sem o intermédio da rede, a ficção do filme Matrix se tornará realidade. Sobre a exploração, é isso aí - as redes sociais são o meio contemporâneo pelo qual o capitalismo transforma tudo em mercadoria. Neste caso, as próprias relações sociais dos seres humanos.<br /><br />"Como qualquer mecanismo contemporâneo de exploração, até pela sua natureza de dispositivo de tecnologia de informação e de comunicação - como este blog, caro leitor -, é possível explorar sua natureza, escapar às suas finalidades e subverter-lhe com muito mais facilidade do que um bem de capital industrial. Talvez por isso, a disciplina, enquanto representação, não tenha desaparecido por completo - nem o Facebook se escuse de fornecer o nome de seus usuários "incômodos" para os governos."<br /><br />Eu já alertei - a internet está virando "googlenet" + "facenet", não me surpreenderia se um comprasse o outro. Aí estaremos reféns de uma gigante corporação. Isto se já não o somos. Sobre a subversão dessa lógica, creio que o poder dos blogs - espaços que tem maiores possibilidades de reflexão do que as redes sociais - ainda não tem o poder de fogo que os grandes meios de comunicação tem. A blogosfera ainda se pauta pela grande imprensa.<br /><br />Bem, é isso meu amigo.<br /><br />Abraços!Luis Henriquehttps://www.blogger.com/profile/13841126782816117702noreply@blogger.com