O Eduardo Guimarães fez uma postagem interessante chamada O crescimento em 2009 ainda é imprevisível (13/04/09) - só não linko o post em si porque não sei ou talvez não haja mesmo como linkar um post específico de um blog do UOL.
Ela trata, como o nome sugere, de uma crítica sobre a forma da divulgação da pesquisa Focus sobre o crescimento do Brasil nesse ano - a pesquisa em questão, aponta uma projeção de crescimento na casa de -0,3%. A pesquisa Focus, para quem não sabe, é uma estimativa baseada na conjuntura que os cabeças do mercado financeiro especulam para um ano no que toca crescimento, inflação e juros entre outros indicadores.
Por óbvio, a própria natureza da pesquisa já levanta dúvidas quanto a sua, digamos, cientificidade - não que este humilde escrevinhador que vos escrevinha acredite em neutralidade científica, claro que não, o fato é que ele simplesmente não considera a cientificidade dela pelo fato de como se deu sua estruturação e da provável finalidade incutida nela.
Mais adiante a situação piora: Os meios de comunicação estão divulgando a pesquisa como se fosse fato liquído e certo - o que nem mesmo se ela tivesse uma consistência científica razoável poderia ser feito. A explicação disso? Claro, aquilo que eu já adiantei no que toca a crise e o Brasil, ou seja, o uso político-partidário que estão fazendo - e que por certo farão em maior quantidade e intensidade daqui para frente - da Crise Mundial. É um joguinho ratasqueiro de usar a crise como forma de atacar o governo Lula e evitar uma vitória de Dilma daqui a menos de dois anos.
Sobre o crescimento em si, só tendo uma bola de cristal para advinha-lo no momento. No entanto, se não surgir fato novo no quadro internacional, tenho sérias dúvidas que vá acontecer uma queda do PIB brasileiro.
Hugo, sua dúvidas em relação à pesquisa Focus não se justificam, de forma alguma. Afinal, ela foi feita por cabeças do mercado financeiro, cérebros privilegiados que, como sabemos, só faz previsões acertadas desde sempre e não têm absolutamente nada a ver com a atual crise mundial, a qual preveram com antecedência. Fique tranquilo: a velhinha de Taubaté e eu temos certeza que esses meninos entendem das coisas.
ResponderExcluirhehehe eu realmente sou muito maldoso com esses iluminados que nos guiaram a essa situação econômica maravilhosa.
ResponderExcluirOlá, Hugo e Maurício!
ResponderExcluirBoa Maurício! (risos)
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Também tenho dúvidas quanto a um crescimento negativo ou mesmo zero, talvez um crescimento pequeno, na casa dos 2%, mas negativo ou zero acho difícil.
Eu não estou conseguindo acompanhar o noticiário econômico _ aliás não estou conseguindo nem atualizar o blog _, mas partindo de uma observação local, portanto restrita, eu não sinto mais nas pessoas o clima tenso do começo do ano. Nas ruas do meu bairro e na escola (entre alunos e pais de alunos) a crise deixou de ser tema das conversas. Talvez seja um sinal de que as pessoas _ pelo menos as do meu pequeno circulo de convivência _ não estão sentindo os efeitos da crise na pele ou que ela já não mete mais tanto medo.
Ainda temos mais de sete meses até o final do ano, mas não já não acredito que será um ano perdido. Assim seja!
Eduardo,
ResponderExcluirSem dúvida, acho que havia uma tensão muito grande no final do ano passado, mas as medidas do governo absorveram boa parte do impacto - e não era pra menos; o Brasil pode ser um país bem difícil de se administrar, mas tem uma inequívoca pujança econômica. Se o governo tivesse posto em prática uma política mais arrojada já em Outubro, os efeitos que se abateram por aqui teriam sido menores ainda. O fato é que essa Crise foi fruto da maneira como se deu o processo de globalização, coisa que qualquer um que não fosse um papagaio do neoliberalismo já percebia nos anos 90: A incongruência entre os mercados que se integravam iria, cedo ou tarde, gerar algum problema. Isso não foi gratuito, os ideólogos dessa nova ordem esperavam fazer uma globalização econômica mantendo as estruturas políticas nacionais para poderem operar nos "pontos cegos" dessa sistema. O que eles não esperavam é que eles fossem gerar um problema tão grande a ponto de traga-los. Dessa situação emergirá uma nova ordem e o Brasil será uma das nações que sairão fortalecidas desse processo - se isso será bom, aí eu tenho minhas dúvidas.
abraços;-)