Pois é, meus perseverantes leitores, O Descurvo chega hoje ao seu centésimo post em três meses e meio de existência - e completa essa marca com incontida felicidade depois do milagre do Palmeiras ontem na Ilha do Retiro. Do time inteiro nem tanto, mas pelo menos de Marcos aquele que, sem dúvida alguma, é o maior jogador do Palmeiras que a minha geração viu jogar, um profissional íntegro e, sobretudo, um verdadeiro operador de milagres.
Não sei como, mas eu me lembro da estreia dele como profissional, lá atrás no Paulistão de 96 naquela equipe maravilhosa dos mais de cem gols que foi campeã com louvor. O técnico era Luxemburgo, mas o titular no gol era Veloso que, não sei por qual motivo não pôde jogar. Isso abriu as portas para Marcos fazer sua estreia frente ao glorioso Botafogo de Ribeirão Preto. O resultado? Uma vitória por 4x0 com uma penalidade defendida pelo jovem goleiro reserva palmeirense que ainda fez belas defesas ao longo do jogo.
Só três anos mais tarde, devido a uma grave contusão de Veloso durante a Libertadores, que Marcos, sob o olhar desconfiado de todos, assumiu o manto verde que fora no passado de um Oberdan e de um Leão. Todos desconfiavam, mas eu não: Era o goleiro que eu tinha visto defender um penalti quando eu tinha oito anos e estava certo que ele ia fazer aquilo de novo. E como fez. O Palmeiras foi campeão e Marcos levantou a taça de melhor jogador do torneio.
Um corte: Dia de ontem, quase dez anos depois do título continental. O Palmeiras viaja para Recife depois de ter vencido Sport por um 1x0 no Palestra. Seria uma missão fácil segurar um rival que não marcou gol algum fora de casa na ida? Não foi. Do mesmo jeito que o Palmeiras massacrou o rival em casa, onde venceu por apenas um gol quando podia ter enfiado três, o Sport fez ontem, mas talvez tenha feito pior: Se na ida o Palmeiras poderia ter vencido por dois ou três gols, na volta, o Sport poderia ter feito quatro ou cinco gols. Por que não o fez? Marcos estava lá e só não pegou mesmo aquilo que era metafisicamente impossível de pegar durante o tempo normal.
Penalidades. Nova falha verde. No momento em que o ímpeto dos rubronegros se agigantava, quando corriam decididos para dar o golpe de misericórdia no rival, se depararam com um gigante. Três defesas....ah, a euforia. Mesmo que tropecemos em nossas limitações, mesmo que nos esmaguem mais adiante, não importa, que isso não seja esquecido. Obrigado São Marcos. Muito obrigado.
Olá, Hugo!
ResponderExcluirParabéns pelo centésimo post _ que fôlego, hein? _ e pelo Palmeiras também!
Agora já sei para que time você torce, hehehe!
Abraço!
Olá, Eduardo, desculpe estar respondendo só agora, tive dois dias incrivelmente cheios e estou morto. Obrigadão e, sim, eu sou palestrino até a alma, mas também sou terrivelmente parcial em favor daquilo que julgo a realidade fática do futebol, o que me faz ter uma visão crítica em relação a todos os times, inclusive sobre o Palmeiras, mas, claro, tem horas que o coração fala mais alto mesmo hehehehe
ResponderExcluirabração
Marcos merece. É um dos poucos jogadores de futebol que, mesmo à distância, a gente tem certeza de que é um cara legal, profissional correto, sem estrelismos. Suas entrevistas são sempre generosas, sinceras, simples.
ResponderExcluirMas, diabo, eu estava torcendo para o Sport!
Ah,sim, ia esquecendo: parabéns pelo centésimo post.
ResponderExcluirObrigado, Anrafel, foi muito legal comemorar o centésimo post homenageando um craque - uma pessoa - como Marcos.
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