Nassif,
O bom e velho Marx já dizia que a História pode até se repetir, como asseverava um certo Hegel, mas se da primeira vez ela se dá como tragédia, na segunda ela acontece como farsa. Enfim, sábias palavras; elas explicam perfeitamente o que se passa em Honduras, hoje.
Esse Golpe aparentemente é idêntico às quarteladas dos anos 60/70 na América Latina, absurdos descarados cujos autores tentavam, a todo custo, jogar uma mão de tinta tosca para racionalizar o inominável e banalizar o Mal – no entanto, se lá se tratavam de tragédias, eis que aqui estamos diante de uma genuína farsa.
No fim, a imagem que fica sobre a situação atual – e, meu caro Nassif, uma imagem vale mais do que mil palavras – é a foto tosca do suicídio montado de um certo jornalista Herzog; mais do que mau caratismo, defender que Herzog se matou, baseado naquela foto, era um sinal incontestável de esquizofrenia, do mesmo tipo daquela que se abateu sobre os Nazistas e os fez acreditar nas mentiras que eles repetiam mil vezes para que se tornassem verdade – e as imagens que vêm de Honduras só podem implicar na não condenação do Golpe se estivermos diante da mesma negação esquizofrênica da verdade e da justiça.
Os integrantes da mídia corporativa que defendem o Golpe que me desculpem, mas eu vejo nos olhos deles a manifestação da mesma loucura, o mesmo sinal do Mal.
Capacetes azuis em Honduras já.
Sem mais,
Hugo Albuquerque
É, meu caro, Hugo,
ResponderExcluirsó se deve colocar o nazismo como parâmetro de comparação em casos extremos - mas, infelizmente, é exatamento disso que se trata o comportamento da mídia brasileiro nesse caso de Honduras, ainda mais depois que o Brasil entrou no imbroglio, numa ação de nossa diplomacia digna de louvores.
Eu não me canso de me espantar com a mídia nativa, mas sua comparação com a "negação esquizofrência da verdade" dos nazistas coloca as coisas em perspectiva. Pois algo de muito grave está acontecendo quando a mídia brasileira e a ditadura de Honduras são, no mundo, praticamente as duas únicas entidades a ver as coisas de forma tão destorcida.
Capacetes azuis já, imediatamente.
A insistência da Rede Globo na expressão "presidente interino" é a típica aplicação massiva de uma mentira no intuito de transformá-la em verdade. Miriam Leitão, Ali Kamel, Alexandre Garcia praticam, Jabor explica.
ResponderExcluirMeu bom Maurício, sempre que eu acho que a mídia corporativa nacional chegou ao fundo do poço, ela vem e consegue me provar que aqui o buraco é sempre mais embaixo - mas creio que já deu, dessa vez eles passaram de qualquer limite; nesse mundinho globalizado de meu Deus, ver que a posição que mais se aproxima dos golpistas é, justamente, o da mídia me deixa consternado. Quanto ao simpático título outorgado a Micheletti, Anrafel, é impressionante até onde vai a loucura dessa gente - eles estão tentando se enganar, isso é o fim da picada.
ResponderExcluirabraços fraternais e, sim, capacetes azuis já!