Johanna Sigurdardottir é a nova primeira-ministra da Islândia. Normalmente, o fato de uma ilha com pouco mais de 300 mil habitantes ganhar um novo chefe de governo não quer dizer muita coisa.
No entanto, não estamos falando de qualquer ilha, mas sim da Islândia, o país que ponteia a tabela de IDH da ONU já há algum tempo, que por coincidência teve uma das mais radicais experiências neoliberais nos anos 80 - que dura até os dias atuais - e que recentemente foi abalada como poucos pela atual crise mundial.
Também não estamos falando do simples impacto de uma mulher assumir o governo. Estamos falando da primeira mulher a governar aquele país. E não é somente isso, estamos falando do primeiro governo social-democrata em 29 anos, em um país que há mais de vinte anos se enveredou pelo mares neoliberais, tão estranho aos países nórdicos e seus estados grandes. Todavia, não é por isso que sua chegada ao poder chamou a atenção da imprensa internacional: Johanna é a primeira homossexual declarada a governar um país ocidental, um fato que, sem dúvida, merece relevo.
Ela terá pela frente uma dura missão: Pegará um país quebrado e uma população em polvorosa que depois de décadas de prosperidade econômica se vê às voltas com a incerteza. Pelo currículo de Johanna na luta contra a pobreza em seu país, ela é um excelente nome para enfrentar essa situação e, mais que isso, pela sua história de vida, é uma prova do grau de civilidade que a sua terra atingiu e uma prova que a humanidade evolui lentamente, mas evolui, não obstante os recuos e refugadas que ela cisma em dar de vez em quando.
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