Como é público e notório, jogos da Seleção há muito não me empolgam. Dessa Copa das Confederações, vi uns lances do estranho jogo contra o Egito, assisti o primeiro tempo dos 3x0 contra os EUA meio por acidente e, hoje, dei uma chancezinha e acompanhei a vitória contra a Itália por 3x0.
Em um primeiro momento, o placar e o futebol lastimável apresentado pelos italianos apenas confirma aquilo que eu venho dizendo desde 2006: A Itália é uma fraude e só ganhou aquele Mundial porque Brasil e Argentina resolveram arregar e deixar tudo em aberto. Outro ponto é que sim, o Brasil jogou um bom futebol e Dunga, que foi apedrejado desde o primeiro minuto como técnico da Seleção, está realizando um excelente trabalho.
O motivo que me distancia da Seleção não é Dunga, ao contrário do que acontece com muita gente, mas o fato de não mais existir uma Seleção de Brasileira, mas sim uma Seleção de brasileiros. Além disso, a CBF de Ricardo Teixeira, o Eterno, também é broxante, ainda mais pelo desdém dela em organizar não apenas a Seleção como o futebol brasileiro de um modo geral.
No fim das contas, acho que o intenso processo de Globalização vai desnacionalizar o futebol de vez. Será que no futuro ainda teremos Copas do Mundo de seleções nacionais? Ou melhor: Será que ainda existirão Estados-nação? Difícil dizer.
Essa ideia me incomoda porque mexe com o nacionalismo futebolístico da minha memória afetiva. O mundo sem os Estados-nação seria um lugar bem melhor para se viver, eles já causaram muitos estragos, ainda assim, me dói essa ideia porque dói saber que é possível amar ideias irracionais.
Digressões de lado, nessa Copa das Confederações, após a bisonha eliminação do surpreendente Egito, teremos um Brasil x África do Sul e um Espanha x EUA. Óbvio que se não acontecer uma tragédia inominável, essa semi será apenas um aperitivo para Brasil x Espanha, um jogo interessante, ainda que o Brasil seja superior.
Achei show de bola! Há muito tempo não via uma seleção brasileira (que também não vinha me empolgando nem um pouco) jogar tão bem como no 1o. tempo. Nessa etapa, o ataque, em alguns lances, chegou a lembrar a seleção de 70.
ResponderExcluirMas esse timinho dos EUA classificar é brincadeira, hein?
Maurício,
ResponderExcluirNo que toca a questão técnica, acho que a Seleção não jogava tão bem desde 2005, mas isso está dentro de um contexto de evolução: As duas últimas partidas das eliminatórias foram muito boas (4x0 sobre o Uruguai, fora e 2x1 sobre o Paraguai no Recife), a vitória contra o Egito foi titubeante, mas o time fez jus à sua história nos jogos contra EUA e Itália.
Não chegaria a compara-lo com time de 70 nem em seus melhores lampejos, mas aquilo de ontem foi a expressão da constatação óbvia de que há quinze anos o Brasil é disparadamente a melhor seleção do mundo que, no entanto, só não vence tudo por conta da direção desastrosa da CBF.
Já os EUA, trata-se de um time abaixo até mesmo de sua própria - e insignificante - média. A sua classificação não me surpreendeu na medida em que o Egito, apesar do bom início, nunca passou de um time fraco assim como o atual time italiano é horroroso e venceu uma Copa sem nenhum mérito - um time que tem De Rossi jogando com a 10 deveria ter o título mundial cassado.
abração.