domingo, 22 de maio de 2011

O Desfecho do Revoluções

a multidão na frente do Sesc
Ontem terminou o Revoluções no Sesc Pinheiros. As palestras de Bernard Stiegler, Michel Löwy e Slavoj Zizek foram realmente muito boas - em termos de conteúdo, a do primeiro foi a melhor, em termos de espetáculo, ninguém polemiza melhor do que o último hoje em dia. O seminário, em si, foi bem realizado e divertido, ainda assim, creio que que um ciclo de palestras que buscava ver a revolução por meio da política do sensível se perdeu um pouco em um frankfurtianismo extemporâneo; não gostei dos ecos de Adorno que ouvia aqui e acolá e acho que a filosofia contemporânea dá conta de uma série de problemáticas a respeito do sensível e da política - quando retoma Spinoza, vilipendiado por um inacreditável e onipresente Emir Sader no desfecho do seminário -; será que já não era hora de pensarmos o sensível para além da consciência? Acho que, no fim das contas, só a fala do Stiegler me contemplou mesmo. Para além disso, depois de uma semana extenuante na PUC, foi uma boa diversão com os amigos, mas até agora não sei se eu devo rir ou chorar por conhecer metade das pessoas que estavam por lá. Esse nosso mundinho intelectual, tão familiar, tão pequeno...mas valeu pelo coquetel de encerramento, pelo menos no nosso mundinho existe refeição gratuita. 

P.S.: A repressão violenta contra a Marcha da Maconha ontem - um ato de violência policial contra uma marcha perfeitamente legal, diga-se de passagem -, me fez lembrar de uma excelente piada de Zizek: Se há lugares onde a situação é séria, mas não é catastrófica, cá, a situação é catastrófica, mas não é séria.






2 comentários:

  1. Hugo, suas reflexõese ética com uma pitada de humor me alegroue me permitiu derivar um pouco sem perder a indignação.
    Abraços comc arinho, Jorge Bichuetti
    www.jorgebichuetti.blogspot.com

    ResponderExcluir