sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Marina Silva, A Crise no Senado e o pré-2010

O Governo Lula vai chegando ao seu fim e ano que vem teremos, tal como 2002, não haverá possibilidade de reeleição do mandatário do momento, o que acirra os ânimos de maneira acentuada. Em 1988 1989, venceu um Collor em cima do racha da esquerda e de uma campanha midiática infernal; seu governo naufragou rapidamente e ele se tornou bode expiatório geral da República; Itamar tapou o buraco e transformou FHC em ministro e fiador do pacto elitista pós-Collor, reaparecendo como candidato da continuidade em 1994, eleição da qual saiu vencedor com certa facilidade em cima do êxito inicial do Plano Real. Em 1998, FHC, devido à emenda da reeleição - que ele mesmo idealizou, conseguiu aprovação e se beneficiou - conseguiu a reeleição para dar sobrevida a um governo que se naquela altura já se encontrava em vias de paralisar, acabou travando tão logo e foi se arrastando como um morto-vivo até o final.

Por sua vez, a eleição de Lula em 2002 foi uma convergência de um quadro internacional favorável - como os EUA dando pouca atenção à América Latina -, uma razoável estabilidade institucional, o descontentamento dos setores moderados com os últimos anos do Governo FHC e a própria viagem do PT para a centro-esquerda - acabamos assistindo a uma convergência de um eleitorado que caminhou para a esquerda e de um partido que caminhou para a direita. O Governo Lula nasce trazendo a esperança de produzir mudanças inéditas na forma de se fazer política e de gerir a economia e ao longo dos últimos anos obteve vitórias importantes ao mesmo tempo em que foi desgastado pelos anos de Governo num sistema possuidor de defeitos crônicos.

O próprio Partido dos Trabalhadores sofreu baixas importantes. Não há como fugir da constatação paradoxal de que o tempo de Governo fez o PT amadurecer em relação ao que é a gestão do Estado brasileiro, também trouxe à tona - assim como agravou - vários problemas desta agremiação. O PT de hoje é um partido mais calejado para o exercício do poder do que era ao mesmo tempo em que teve seu potencial de modificação foi reduzido severamente. Sua problemática, no entanto, acaba nublada pelo fato de que o PSDB piorou mais ainda do que ele no mesmo período assim como partidos como PMDB e DEM prosseguem derrapando - e opções à esquerda como o PSOL pecam pela falta de organicidade e uma maior coesão em termos de projetos.

Dois pontos importantíssimos que tocam diretamente o PT ocorreram nos últimos dias: O primeiro é a saída da ex-Ministra do Meio-Ambiente Marina Silva da legenda - ela deverá ir para o PV, partido que propôs lança-la candidata à Presidência da República; o segundo é o desgaste provocado no partido pela crise no Senado.

Sobre o primeiro ponto, não podemos perder do nosso horizonte visual que a questão ambiental foi um dos calcanhares de Aquiles do PAC e isso gerou desgastes violentos entre a Ministra Dilma, futura candidata à presidência pelo PT. Marina, em vários momentos esteve certa e não foi ouvida - e é necessário sublinhar que foi a melhor Ministra do Meio-Ambiente da nossa história, tanto por ter feito um bom trabalho quanto por conta da base de comparação fraca, levando em consideração que essa pasta já foi ocupada por gente como Zeca Sarney, futuro correligionário de Marina no PV. Sua saída para o Partido Verde, no entanto, é um erro muito grave; o partido em questão tem caminhado cada vez mais para ser um apêndice de uma oposição que perdeu o rumo e muito provavelmente qualquer candidatura que saia do PV venha a ser uma mera candidatura-peão do PSDB/DEM no tabuleiro das próximas eleições. Ademais, o PV brasileiro nunca conseguiu construir uma posição suficientemente coesa e oferecer uma alternativa crível para o desenvolvimento sustentável. Portanto, uma eventual candidatura de Marina pelo partido só teria a utilidade de trazer o debate ambiental à baila, mas não teria viabilidade eleitoral assim como o PV no Governo não teria uma base suficientemente sólida para promover mudanças na área - até por suas próprias inconsistências internas. No fim das contas, seria um movimento que daria um valioso préstimo à candidatura de José Serra.

Quanto a Crise no Senado, primeiro temos mais um espetáculo de hipocrisia aguda da mídia corporativa quanto ao velho José Sarney que enquanto serviu certos interesses era santo, mas agora, depois de décadas de vida pública de repente se viu denunciado por quem sempre o apoiou. Obviamente, ele errou em muitas coisas na Presidência do Senado, cometendo desde nepotismo até praticando atos secretos - o que, no entanto, é um problema sistêmico, não surgiu agora e acontece num órgão cuja existência decorre da mímese de modelos estrangeiros, dado o fato de que o federalismo brasileiro girar em torno muito mais dos municípios do que dos estados. O PT errou em vários momentos na aliança com o político maranhense, ora radicado no Amapá, dando muito mais do que recebendo - como ficou patente na relação com o ex-Governador do Maranhão, Jackson Lago, bisonhamente cassado e renegado pelo Governador Federal desde os primeiros dias -, no entanto, no caso em tela, ele acabou sendo vítima do jogo eleitoreiro de uma oposição muito longe de ser insuspeita. A ordem que veio de cima era para a bancada petista no Senado defender Sarney e assim o foi, sob os protestos de um histriônico Mercadante - que renunciou à liderança do partido naquela Casa - e de um Flávio Arns - que saiu do partido tecendo loas para uma figura como Arthur Virgílio, o que é no mínimo curioso.

Teremos um ano interessante ano que vem, muito provavelmente com uma eleição extremamente suja e tensa.

7 comentários:

  1. Oi Hugo,

    Suas análises acerca do panorama político geralmente (nos textos que vi até agora) enfoca "só" as disputas eleitorais e palacianas. Nunca vejo abordar outros setores, outros atores políticos, como por exemplo o povo brasileiro, a classe trabalhadora, seus setores, os desempregados, os movimentos sociais, os sindicatos, as centrais, se há avanço na luta de classe, se está em refluxo ou está "parada", contida, etc. E os reflexos disso na luta política entre as classes, e não apenas nos "seus" representantes políticos e/ou partidários.

    Seria importante dar mais atenção a este "setor" (que afinal é a maioria e os mais prejudicados com sua exclusão/alienação política), da sua luta, da sua importância e participação política, necessária e primordial para qualquer mudança efetiva da estrutura, do sistema, e de qualquer comentário ou discussão acerca da Política (não só eleitoral).

    Quanto ao texto em si, suas ponderações sobre as disputas eleitorais, etc, fico surpreso em ver que para amenizar as alianças e acordos políticos/ eleitorais de Lula e PT com os "oligarcas", chega ao ponto de afirmar que Sarney "é apenas um ator canastrão num palco com defeito siatêmico".

    Essa foi de trucidar com a memória (nem falo em honestidade com a história e a realidade). Defender ou "relativizar" os erros, desvios, e "mudanças" de Lula e PT já é um absurdo nessa altura do campeonato, mas vir a fazer (gastando linhas e linhas de texto) a defesa do Sarney? É triste. Pois não tem PIG ou Serra (ou "luta" contra estes) que justifiquem tamanha capitulação (ou omissão) perante certas "figuras" e políticos, e as esdrúxulas alianças palacianas.

    Dizer que governo Lula teve 'algumas' vitórias, que é mérito deles, a ser dignificamente destacados, e ao mesmo tempo dizer que as "coisas" ruins, as traições, os conchavos com a direita, etc, os "erros" de Lula e PT, são culpa do "sistema político" (do "palco"), é mais que minimizar a transmutação do PT, CUT, etc, e trocar os "pesos", é passar a mão na cabeça mesmo dessa nova camarilha do capital. Enquanto o povo, o trabalhador está longe de paticipar politicamente, e até de entender o que realmente se passa.

    Sem mais.
    Um abraço.

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  2. Cícero,

    Bem, postei a respeito da greve na Cultura este mês e fiz uma análise das movimentações políticas em torno do Portugal pré-Revolução dos Cravos, enfim, não corroboro sobre sua leitura sobre a minha própria obra - mas você deve conhecê-la melhor do que eu, sabe-se lá.

    Sobre o resto, vamos por pontos:

    1- "é apenas um ator canastrão num palco com defeito siatêmico", é uma afirmação sua, não há porquê colocar entre aspas - eu nunca diria que Sarney é um ator canastrão, ele é um grande ator, do contrário não teria sobrevivido até hoje na política nacional.

    2- Não relativizei os erros do PT, dei a minha perspectiva sobre eles, se você discorda, aí é outro problema.

    3- Procure onde eu usei o termo "PIG" por aqui.

    4- O Governo Lula conseguiu avanços extremamente relevantes. É fato. O país que ele deixará, será um país melhor do que o que recebeu e pouca gente fez isso no Brasil, omitir isso é desonesto - como omitir que o partido errou no modo que lidou com Sarney.

    5- Essas leituras inscipientes sobre o Governo Lula fazem, no fim das contas, o jogo da direita - de repente tudo desde o DEM até o PT vira uma coisa só e restam os "puros" do outro lado. Nada mais distante da realidade.

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  3. Oi Hugo,

    Agradeço pela sempre cordialidade, e ter respondido meu comentário.

    Sobre meu primeiro apontamento, sobre suas análises políticas:
    - Eu não disse que você não escreveu nada sobre alguma luta (Rev. dos Cravos) ou greve (TV cultura). Mas não resolve a questão colocar ou ter escrito em determinados textos sobre uma determinada luta ou greve, etc, e pronto, contempla-se um espaço às classes 'subalternas' em suas análises políticas. Se for isso, nada mais furado.

    Eu disse que suas análises políticas (seus textos) geralmente (maioria maioria) não levam em conta, nem citam, os principais setores sociais, as lutas políticas dos "atores" principais, das classes, movimentos, sindicatos, etc, e não apenas dos "representantes" políticos, das brigas e política palaciana ou partidário/eleitoral.
    Ou seja, apontei a falta (importante), que isto não consta das suas análises "políticas". Algo que vejo como extremamente prejudicial a qualquer análise ou 'comentário' político (no sentido amplo, e não apenas eleitoral evidentemente). Como está a verdadeira batalha, luta, de classes, ou a falta dela, a acomodação, o refluxo, contenção, etc. Isto faz falta, e muita.

    E este era o ponto mais importante do meu comentário (questionamento) ao seu texto.
    Escrever ou "particionar" estes aspectos, estas lutas, estes setores, os hegemônicos e os submetidos, a luta política entre eles, em alguns textos não ajuda, pelo contrário, melhor trazê-los sempre à tona, posto que são parte integrante (pra não dizer a mais importante) da Política.

    Sobre os pontos do texto, então:

    1) Você diz que não escreveu que Sarney é apenas um ator canastrão. Disse que é afirmação minha? Você escreve as coisas e tem a 'coragem' de dizer que não escreveu, e ainda me acusa de ser o autor.
    Veja, está no seu post "Um Pouco de Brasil", na sua resposta ao comentário de M. Caleiro. Reproduzo o trecho que você escreveu aqui:
    "De repente, ele [Sarney], que é apenas um ator canastrão num palco com defeito sistêmico, acaba sendo apontado como O culpado de tudo como forma de mirar em Lula".

    Não bastasse seu esquecimento do que escreveu acerca de Sarney, continuou afirmando (brincando) que ele é um grande ator, e mais nada. Que legal...

    2) Relativizou é pouco. E é claro que é meu "ponto de vista", e não pedi para ser o seu. E não era essa a crítica ou pedido, mas...

    3) A questão não é se você disse ou usou a palavra PIG no texto em si, isso é irrelevante, sabe disso. O que eu disse é que nas análises, nas ponderações, costuma alencar e justificar as alianças ou brigas políticas, dos setores da burguesia (PT, PMDB, PSDB, DEM etc) colocando sempre a figura da mídia conservadora, golpista, etc, etc, que no caso chamei de PIG, ora ora. Complicado de entender?
    Ou seja, também desconversou com este "desentendimento".
    Vamos ao próximo ponto.

    (continua....)

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  4. 4) Aqui você responde (expressa) melhor que minha crítica:
    "O Governo Lula conseguiu avanços extremamente relevantes." etc.

    Não sei exatamente o que você considera avanços, mas fica patente que veja os programas assistenciais do governo como algo de positivo, progressista e avançado.

    Sinto discordar mesmo. Desde de quando programas assistencialistas foram progressivos?
    A direita que inventou e soube usar melhor que ninguém este instrumento ( de fazer "concessões" e/ou programas assiatenciais, sociais) como forma de manter e aumentar seu poder, sua hegemonia, e claro, o status quo do sistema político e econômico.

    Então eu não "entendo", como pode pessoas estudadas, que conhecem as coisas (mesmo que pouco), vir a confundir ou trocar o nome das coisas de repente.
    Programa assistencialista sempre foi contrarrevolucionário, ou se preferir outro termo, sempre foi paternalista, antiemancipatório para a classe trabalhadora e o povo. Sempre tiveram a função de conter, de frear a luta realmente, e independente, do povo e dos trabalhadores, para se livrarem deste sistema e da dominação política da classe dominante (burguesia) e de seus instrumentos (correntes) de controle, etc.
    Mas de um tempo pra cá, muitas coisas mudaram de nome e de função, até para pessoas 'entendidas' de política e da função destes instrumentos e quem os faz.
    Nesse sentido, para ampla maioria do povo, e até dos trabalhadores, muita coisa pode ser entendida como um avanço. Mas isto não quer (e geralmente não é mesmo) que seja realmente um avanço, muito pelo contrário. Mas o pior é ver quem sabe que não colaborar com a reprodução de tais idéias, de que estamos tendo avanços com estas coisas.

    Até entre os trabalhadores, quando o patrão, ao invés de dar o reajuste salarial (que não resolve nada) chega e oferece um "Abono", os trabalhadores sabem na hora que estão sendo passados pra trás, e claro, não jogam o abono no lixo pois não são loucos. Tanto que chamam estes "abonos" e "ajudas" de 'Cala-boca', que o patrão concede à eles para ferrar com eles.
    Mas, para boa parte da intelectualidade abono e cesta básica no dos outros é refresco.
    E assim se reproduz a velha política escrota no Brasil desde o "pai dos pobres" Getúlio, que todos sabemos fez muito bem uso destas "politicas" para conter o avanço (o verdadeiro avanço) das lutas da classe trabalhadora pela sua verdadeira emancipação, favorecendo as velhas oligarquias, a burguesia brasileira e estrangeira. A tal esquerda no poder (sic) PT, PC do B, etc, segue na mesma linha, só que com um 'histórico' e discurso que parece enganar muita gente.

    5) Neste ponto, Hugo, você repete o velhaco argumento maniqueísta, contra quem critica os descaminhos, as enganações, traições, do que se transformou o PT, PC do B, CUT, etc, a dita 'esquerda' construída pelos trabalhadores, militantes, ativistas, etc:
    Acusa (eu nesse caso) de fazer coro com a direita, nada mais falso e desonesto, haja vista que a direita está com Lula e o PT faz tempo.

    Ora, é claro e óbvio, que não fazemos as mesmas exigências e críticas que fazemos ao PT, etc, para os outros partidos como DEM/PSDB etc, pois estes nao só não tem a mesma história, como também nunca foram de esquerda. Foram e são de direita, lutamos contra eles, desde de antes de nascermos. Minha maior perocupação é justamente com as desgraças e traições das direções políticas da classe trabalhadora na sua luta contra a direita e os capitalistas.
    Critico Lula, PT, etc, pois sei do estrago que tudo isto causou e causa para a esquerda, para a luta, para a nossa verdadeira luta e avanço, p/ libertação do povo brasileiro.
    Portanto, nem tudo que reluz é ouro. Nem tudo que parece avanço é realmente avanço, até o contrário!

    Em nenhum momento tentei ou igualei todos os partidos políticos (que você me acusa também pra variar), nem muito menos dizer que há "puros" em algum lugar.
    Aqui você termina do jeito que começou, desconversando, mentindo e desvirtuando sobre minhas criticas, tá maus (na minha opinião, claro).

    Um abraço.

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  5. Hugo,

    Muito boa e original a colocação de que vimos o fenômeno de "um eleitorado que caminhou para a esquerda e de um partido que caminhou para a direita".

    E esse descompasso, no interior do governo, começa a produzir rachas no PT, que sempre viveu às turras com a fatia do poder dada aos outros aliados - destacadamente, o PMDB.

    E pode apostar que a "divisão do PT", real ou não, grande ou pequena, vai ser explorada intensivamente pela imprensa de agora em diante.

    Um abraço,
    Maurício.

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  6. Cícero,

    Sim, senhor dirigente, sugestões anotadas.

    1- Um pouco de senso de humor não faz mal pra ninguém. Então vamos por pontos: Você me criticou por ter dito que Sarney era um ator canastrão e depois por eu ter mudado e dito que ele era mal ator - foi propostital - e você me criticou em ambos os momentos - preso por ter cachorro e preso por não ter cachorro?

    2- Você pode dizer que eu relativizei e eu posso dizer que você está surfando na onda de uma mídia corporativa com interesses partidários bem claros - e à direita.

    3- Eu nunca usei o termo PIG por aqui, acho até um conceito bem infantil. Há sim uma mídia corporativa com interesses suficientemente claros e que, diferentemente de você, é plenamente capaz de ver as diferenças entre essas forças que você nivela como "burguesas" e agir em favor de quem lhe beneficia.

    4- Deixe me ver, avanços do Governo Lula...Vamos lá: O crescimento econômico aumentou consideravelmente e passou a acompanhar a média mundial - coisa que não acontecia nos anos 80, nem aconteceu nos anos 90 -, a renda do trabalhador cresceu, o desemprego caiu, a desigualdade social caiu e o país lançou mão de uma política de relações internacional que o tirou da órbita dos centros de poder do ocidente para torna-lo uma potência regional com acesso às mais diversas regiões e países.

    Essa de programa assistencialista contrarevolucionário, é de matar. O que você acha que o Governo deveria fazer? Deixar o povo no semi-árido e das periferias passando fome? Desculpe, não é o povo passando fome que vai fazer Revolução alguma desse jeito e, pior, se fizer ela estará fadada ao fracasso cedo ou tarde.

    Quanto a comparar Lula com Getúlio, não sei se é o caso: Se fosse nem estaríamos podendo ter essa conversa aqui.

    5- Se a direita está com Lula há muito tempo então porque o cara apanha na mídia corporativa pelo que diz e pelo que deixa de dizer? Ou a Veja é de esquerda, agora? E o que dizer da mobilização violenta dos setores da elite para ver Serra eleito ano que vem?

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  7. Maurício,

    O PT é muito complexo e a esquerda brasileira, como bem se vê, idem. O PT sempre teve rachas internos e em muitos momentos a questão da organicidade sempre esteve mal resolvida. O poder, se muito, apenas trouxe isso à tona de uma maneira violenta. O dividir para conquistar é uma tática antiga e não vai ser deixada de lado dessa vez.

    abraços

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