segunda-feira, 4 de julho de 2011

Brasil no Zero

Cão invade o gramado: a atração do jogo
Ontem o Brasil empatou em zero com a Venezuela. Isso me fez ter recordações. Há pouco menos de um ano, o futebol brasileiro tinha um único problema, um pequeno grande obstáculo, um empecilho para a nossa felicidade em forma de homem: Dunga. Jamais concordamos neste blog com a genificação do ex-técnico da Seleção Brasileira, mesmo nos piores momentos. Sejamos honestos, Dunga era um problema porque não convocava quem e como o establishment da imprensa esportiva queria - sempre ela  -, o que lhe valia a oposição da turba dos especialistas quadrienais de futebol - aqueles que aparecem de quatro em quatro anos para dar seus pareceres, servindo de massa de manobra para os espertos de toda espécie. É claro que se isso lhe valia a antipatia do público brasileiro, embora a terra que terminou de fechar sua cova foi a implicância com os privilégios da Globo junto ao escrete canarinho. Ou era ganhar a Copa ou ser execrado. Perdeu. Hoje, ainda é vítima de troças de toda sorte. Mano Menezes, atual técnico da Seleção, certamente é alguém com muito mais capacidade do que Dunga, mas desde que chegou, convoca quem e como a imprensa quer, escala o time dos sonhos, justapõe os queridinhos como se isso fosse montar o melhor time. Não é. Ontem, a Venezuela apenas se retrancou e cumpriu uma movimentação elementar de marcação para não perder - e não perdeu, empatou em zero com o Brasil. Ganso e Neymar, vendidos como panaceia para a Seleção, não decidiram. Pato foi uma negação no comando de ataque (que, adianto, não é a sua praia) e Robinho foi horrível. O sucesso ou não da Seleção, em uma crise tão complexa do futebol nacional como essa, não depende exclusivamente de seu treinador, mas se ele não tiver personalidade e quiser agradar o esquemão em vez de montar a melhor equipe possível, a tragédia torna-se certa. Como foi em 2006 com Parreira e um título praticamente certo - onde se esconderam todos os comentaristas que ratificaram aquela convocação logo após a desclassificação? E aí, o promissor Mano Menezes se verá sozinho mais rápido do que ele poderá pedir socorro. É preciso corrigir, ou pelo menos remediar, isso tão logo.



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