sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Os bichinhos de Natal na Avenida Paulista
Foi um ano tão intenso para mim que mais parece ter sido uma década, mas não nego a minha surpresa de acordar hoje e me lembrar que já é véspera da Natal; é uma impressão é paradoxal, se o ano parecia quase sem fim de tão denso, por outro lado, quando olho para um ano atrás, mais parece que o Natal passado foi ontem. E Dezembro - mesmo o bom Dezembro, sempre tão fugaz - foi tão longo com a explosão do caso Wikileaks - de um Julian Assange que deve passar o Natal livre, felizmente - e todo o (acalourado) debate que ocorreu na blogosfera nas últimas semanas que eu até titubeio sobre o que dizer. Repetindo o que eu falei ano passado, não sou religioso, mas isso não me faz desprezar o Natal, mudam-se os credos ele continua, como continuará, a ser comemorado; seja do paganismo ao consumismo, passando pelo cristianismo, e seja lá o que virá em seguida, se é que virá. Isso é o que importa no fim das contas, a função que o dia cumpre. Ainda estou por montar as reflexões finais sobre muito do que se passou ao longo do ano, mas estejamos atentos pelos próximos dias, a História não pára, agora mais do que nunca, turbinada pela Internet. Um Feliz Natal para todos os leitores/comentaristas do blog. 


Atualização das 21:28: Subi o post.

7 comentários:

  1. Prezado,
    sou uma leitora ocasional deste blog e, a respeito do tal "debate acalorado na blogosfera" mencionado neste post, considerava que você tinha uma posição bastante interessante, fazendo críticas equilabradas e bastante pertinentes a ambos os "lados" da disputa, com uma certa inclinação (a meu ver correta) para o lado mais ofendido nessa história toda que era o de todas nós, mulheres. No entanto, em uma de minhas visitas a essa página, cliquei para acessar seu perfil (?)no twitter e tive a decepção de ver uma troca de mensagens em que você e algumas outras pessoas ironizavam as bobagens escritas por um certo blogueiro "e quando eu desconfio..."; estava acompanhando a "conversa" e me divertindo com ela até me deparar com uma "fala" que me deixou estarrecida: "esse tal de Benjamin" soou (texto escrito soa?) mal. Pergunto: afinal, é bacana ironizar o fato do cara desconhecer Walter Benjamin? Isso não é arrogância do mesmo tipo que movia as grosserias dirigidas ao nosso presidente (apedeuta etc.)pelo fato de não ter estudado?
    Por fim, desculpe a intromissão de questionar algo que foi dito numa "conversa entre amigos" no twitter, mas, faço isso porque costumo gostar da maioria das coisas que leio aqui no blog e fiquei meio mal com essa demonstração de preconceito.

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  2. Eliete,

    Desconhecer algo não é nenhum pecado, mas agir paranoicamente em relação a algo que desconhecemos - e que nem fazemos questão de conhecer -, sim, é - e aquilo foi como será alvo do meu sarcasmo, do mesmo modo que o verdadeiro preconceito nessa questão, contra os intelectuais que ousam citar bibliografia, é sim.

    boas festas

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  3. Tá. É uma questão de opinião. Não entrei no mérito das críticas a vocês (o "grupo de blogueiros intelectuais") por exigirem a citação de seja lá o que for (textos em blogs, livros etc.), que acho corretíssima. A discussão embasada é sempre melhor do que os achismos que abundam na rede.
    Porém, insisto: pressupor que o cara é um boçal (ou qualquer adjetivo desqualificador na mesma linha) por não saber quem é Benjamin é, sim, preconceito.

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  4. Faltou dizer: entendo perfeitamente o gosto pelo debate, pela discussão de argumentos consistentes, enfim por uma boa polêmica. Eu tb já curti muito, mas agora me dá uma certa preguiça.
    Nem sei bem por que resolvi postar o primeiro comentário. Entenda como uma cutucada daquela tia mais velhinha rsrsrsrs
    abraço

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  5. Ai caramba! quantos mal-entendidos... Eu não estou criando uma nova categoria "blogueiros intelectuais". Quem se autodenomina intelectual é você mesmo, além de outros blogueiros. Isto não faz de vocês um "grupo", claro! Involuntariamente os agrupei pela convergência de opiniões no debate que agitou o que vocês chamam de "a blogosfera".
    Quando fiz meu comentário inicial, não estava me referindo a nenhum post desse blog (que, no geral, acho muito interessantes e bem escritos), mas a um certo comentário no twitter, que, agora entendo, não deveria ter ido "xeretar", considerando que não tenho conta no twitter e, por isso, não "sigo" e nem sou "seguida" por ninguém. Como não domino a ferramenta, não sei nem sequer de quem era o comentário, mas o vi postado em sua página . E quando li, entendi sim como preconceito (era algo assim: "um tal de Benjamin", colocado como uma suposta "fala" do blogueiro que vocês ironizavam pelas bobagens que havia postado no blog dele). Se o comentário não é seu e se os limites dos 140 caracteres - junto com minha incapacidade de interpretar o texto postado - levaram a uma compreensão equivocada, peço desculpas.
    abraço

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  6. Eliete,

    Mas quem se denominou grupo de blogueiros intelectuais? Honestamente, eu não conheço esse grupo, muito embora haja quem abertamente esteja fazendo lá suas pregações anti-intelectuais. E quanto a minha piada, se permite que eu explique a ironia, ela é bem clara: A piada não é contra quem não sabe quem é o Walter Benjamin, mas contra uma situação absurda de alguém que age com desdém contra o fantasma dos "intelectuais" e reage paranoicamente contra quem não conhece. Atente para a leitura com mais cuidado, o boçal não é quem desconhece, mas quem acusa e persegue paranoicamente com seus fantasmas - esses sim, são boçais mesmo.

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  7. Eliete,

    Perdoe-me se eu fui demasiado enfático, mas só pontuei o que eu queria dizer naquele tweet para evitar mal-entendidos - se a Internet é a mãe dos mal-entendidos, o Twitter é o irmão mais novo deles; e, de fato, reforço que a minha ironia se volta para o lado inverso do que você supôs. Minha ênfase decorre do meu profundo incômodo sobre essa campanha contra o fantasma do "intelectual (em uma acepção elitista) blogosférico" que, comodamente, surgiu como uma das cortinas de fumaça dessa história toda.

    P.S.: Eu rescreevi o meu penúltimo comentário logo depois que você publicou o seu, mas a ordem, claro, é que o meu penúltimo comentário é anterior ao seu.

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