segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma Rousseff


foi eleita ontem, com mais de 55 milhões de votos, a primeira presidenta do Brasil, derrotando o candidato oposicionista José Serra. Foi eleita, aliás, na mais dura, covarde e tensa eleição vista desde 1989, quando artimanhas de toda sorte foram utilizadas contra o então candidato petista Lula, custando a vitória do PT e gerando ainda algumas boas décadas de atraso no processo de democratização material e da luta social. Foram, ainda, mais duas derrotas de Lula para que ele pudesse vencer em 2002, reeleger-se em 2006 e depois de um segundo mandato mais bem sucedido até mesmo do que o primeiro, bancar a eleição da grande gerente do seu projeto.


Frente a iminência da responsabilidade de substituir Lula, Dilma não foi submetida a um debate duro de ideias, muito pelo contrário: A resposta da direita aos últimos quatro anos em especial, quando o Brasil finalmente retomou os rumos do crescimento econômico conjugado com o advento do desenvolvimento social foi esquizofrênico, variava entre a simplificação grosseira e perigosa do "bolsa-esmola" - o fantasma no qual foi transformado o carro-chefe dos programas de assistência criados pelo atual governo - à demagogia que prometia sua manutenção - com o candidato oposicionista chegando às raias da insanidade total na reta final da campanha ao propor um aumento insustentável do salário-mínimo e dos mesmos programas sociais que eram hostilizados por sua base.


O histórico da participação da direita nos últimos anos tem menos a ver com a participação irracional de seus partidos na oposição do que a intervenção da mídia corporativa - setor historicamente dominado por um oligopólio de famílias tradicionais no Brasil -, que assumiu as rédeas do comando de campanha anti-lulista, pautando o discurso anti-governo, adequando redações inteiras a pautas que tinham muito pouco a ver com jornalismo e partiam de premissas essencialmente político-partidárias. A rearticulação da direita em 2009 tem por marco o editorial da Ditabranda, na qual o editorialista da Folha de São Paulo reescrevia a História com o único fim que esse tipo de movimento pode ter: Escrever o futuro, já mirando na possibilidade do governo lançar como candidata uma ex-combatente armada contra a Ditadura Militar.


A tag "Eleições 2010", portanto, não começou a ser usado neste blog apenas nos últimos dois meses, mas sim há quase um ano e nove meses atrás, rendendo 70 posts, cujo artigo inicial foi, justamente, uma análise da mola propulsora dessa rearticulação direitista, início fático do processo eleitoral - cujo fim, se operava como reação ao tripé central do atual governo, em suma, na oposição à política externa independente e de integração sul-americana (retratando o ânimo colonizado e interesses diretos de parte da nossa elite), uma guerra da velha "classe-média" e da burguesia frente ao novo estatuto social da classe trabalhadora - e o desaparecimento progressivo da miséria - e uma resposta dos partidos tradicionais (e do próprio PSDB) frente ao avanço do PT.


O resultado disso foi uma construção discursivo-ideológica, por parte da miscelânea dos setores oposicionistas, que foi para além do fantasma do "presidente analfabeto" e do mito do partido de aloprados para a construção incessante de fantasmas, construindo um verdadeiro mundo imaginário no qual os mais elementares dados sobre a a verdadeira situação do país eram obliterados e, de repente, qualquer ataque pessoal, qualquer espécie de desconstrução do ethos do adversário se justificava. O PSDB, que apesar de não ter nascido com o espírito de um partido firmemente transformador, também não abria mão de se opor ao direitismo autoritário da política nacional, cruzou todas as linhas possíveis que se admitiria um partido "social-democrata" cruzar, variando do ridículo ao abjeto o tempo inteiro. 


Se a campanha de José Serra em 2002 era a de que tudo que foi feito nos oito anos anteriores era bom e só precisava de ajustes, se a de Geraldo Alckmin é de que a "política" - na verdade, a democracia - não funcionava e que o Brasil deveria ser administrado como um empresa - o que concorde-se ou não, estava ainda dentro do campo da racionalidade, diferentemente da campanha de José Serra em 2010, na qual inexistia sequer uma coerência discursiva. Por que precisaria se candidatar o ex-governador bandeirante a essa sucessão, se ele mesmo dizia que iria continuar o que está posto? Como iria continuar isso, se esse era para muda-lo que seus apoiadores e financiadores lhe bancavam? A candidatura Serra foi o ocaso de uma candidatura sequestrada pela direita brasileira tradicional que não tinha como se assumir  nem como renunciar publicamente a tal estatuto, sendo que a expressão de tal ocaso foi uma radicalização que brincava com as superstições e preconceitos ainda existentes na nossa sociedade, afigurando-se como a mais dramática e desesperada anti-candidatura já vista por essas terras.


Dilma, por sua vez, nasce de um estado de emergência levantado pela direção nacional do PT, Lula no comando, que já traçava a estratégia eleitoral bem antes. Não só: Traçava um plano de hegemonia dentro do próprio PT - para quem não conhece o PT por dentro, qualquer movimento dele parece um mero lance eleitoral ou contra a direita, mas o fato é que cada mexida de peça petista é também um movimento tático relativo à efervescência de sua luta interna. Todo movimento petista, portanto, é um movimento duplo que diz respeito a fins internos do partido - a manutenção de uma posição de liderança ou que vise à liderança dentro de sua estrutura particularmente instável, sem abalar suas estruturas - e fora dele - o avanço do desenvolvimento social. É necessário que haja correspondência efetiva entre os dois movimentos, senão o desastre está feito  -aliás, as grandes derrotas petistas (em especial, as paulistanas) se explicam por um descompasso nesse ponto, cujo resultado, a autofagiafratricídio, foram a porta aberta para o malufismo voltar ao poder nos anos 90 e para Serra ressuscitar politicamente em 2004 (com um ânimo voraz parado apenas na noite de ontem).


Essa estratégia consistia em manter o atual modelo de desenvolvimento - negociado e fundado no realismo político, muito embora seja, em vários momentos, mais realista do que o rei - e atual correlação de forças internas, o que se daria bancando a candidatura de alguém com suficiente prestígio no comando do atual Governo e junto à atual cúpula do partido, com capacidades administrativas ímpares e credenciais junto à esquerda que combateu a ditadura - o que Dilma tem: Muito embora ela não seja uma petista fundadora, sua atuação nos anos de chumbo faz com que ela seja respeitada para algo que transcende o próprio PT e, na verdade, o antecede; a solidariedade entre todos aqueles velhos que lutaram contra a Ditadura, para quem a figura de uma companheira que foi torturada por três anos sem "abrir" o nome de ninguém não é pouca coisa, acreditem.


Evidentemente, sua capacidade política reside na administração - na qual tem um histórico respeitável desde o governo municipal porto-alegrense de Alceu Collares nos fins dos anos 80 -, não no campo eleitoral, o que lhe causou dificuldades imensas, especialmente no momento efetivo da disputa, quando a ritualística da democracia de representação exige o domínio da retórica, da oratória e das artes dramáticas. Ainda por cima, seu comando de campanha, especialmente o seu tentáculo poético-militar - seus marqueteiros - que falhou em não saber usar suas habilidades, moldando-as de um jeito mais palatável - como Duda Mendonça fez com Lula em 2002 ao ter tornado sua imagem pública aquilo que ele era, mas não parecia ser -, colocando-a frequentemente numa posição desconfortável e artificial. 


A candidata petista teve de, por si só, quase como que por tática de guerrilha, salvar sua candidatura, o que aconteceu quando ela fugiu ao script no debate da Bandeirantes do Segundo Turno e jogou Serra contra a parede, em um momento em que o candidato adversário conseguia esvaziar as monumentais conquistas sociais do governo por meio do terrorismo fundado superstição - incorporando de vez o rótulo de candidato do Medo, em um sentido spinozano da coisa mesmo. Aquilo foi o ponto de inflexão de uma candidatura em crise, que depois de meses de crescimento nas pesquisas via sua vantagem perigosamente virar vapor num movimento que vinha desde Setembro, seja pelo marasmo de sua campanha ou da atuação eficiente da mídia em desconstruir sua figura pessoal, usando a candidatura Marina como escada para tanto, em um momento em que Serra sequer conseguia captar os dividendos dos temores que ele próprio produzia - com isso não digo que Marina fez o jogo de Serra, isso não existe, candidatos fazem sempre o seu próprio jogo, mas ela serviu de instrumento para tanto sim. 


A importância histórica da vitória de ontem se assenta em um tripé: [i] eleição de alguém com esse histórico de combate à ditadura - muito embora FHC e Lula também tenham resistido à Ditadura, o simbolismo e a intensidade da forma como Dilma realizou isso é diferente porque importou objetivamente em martírio; [ii] ter chegado poder de uma pessoa que cujo histórico é uma ponte entre o a luta socialista e a trabalhista no Brasil como nos lembra Idelber Avelar - ainda que isso tenha, institucionalmente, se realizado na Carta ao Povo Brasileiro, resultando em realizações práticas que expressam essa intersecção, o simbolismo da chegada ao poder de uma figura pessoal que representa isso, é fundamental; [iii] Por fim - e principalmente - na importância da chegada de uma mulher ao cargo mais importante da República. Machismo não é uma problema unicamente brasileiro, ele é mais do que isso, a nossa própria forma de organização, cujo embrião está na antiguidade clássica ocidental se assenta sobre a vedação da participação feminina nos assuntos da coletividade, portanto, o significado da eleição de uma mulher na maior unidade política latina de todos os tempos vai para muito além de qualquer raciocínio mais ingênuo sobre igualdade entre os gêneros: Ele se situa no ponto nevrálgico de um dos maiores cortes sobre o qual foi construído o próprio conceito de política.


Esse ponto último, explica a dificuldade das mulheres ascenderem a cargos eletivos ou, uma vez conquistados, se manterem neles. Dilma é uma guerreira do povo brasileiro e terá pela frente uma batalha tão dura quanto a luta contra a Ditadura ou contra o câncer, que é se afirmar sua figura pessoal na condução de um projeto de desenvolvimento social que é obrigado a fazer uso de um aparato instrumental essencialmente patriarcal e machista, que tenderá a mitigar seus acertos e maximizar seus erros, embora conte com uma boa linha de frente no Congresso e tenha quadros suficientemente bons para montar uma grande equipe ministerial. O desafio que terá pela frente será duro. Seu governo estará sob o fogo cerrado da rearticulação da direita tradicional que, como qualquer fera acuada, é particularmente perigosa; a questão é saber organizar as ferramentas que terá em mãos, não se curvando a conciliação - mas sim mantendo e fortalecendo uma postura de negociação -, para lidar com um fenômeno inédito em nossa história: Hoje, nosso grande problema é quebrar a cabeça para saber como lidar de forma sustentável com os recursos que estão entrando em abundância no nosso país e não mais lidar com a escassez, o que é sintomático em relação aos oito anos de Governo Lula - Governo que a nossa presidenta foi das maiores protagonistas, sem dúvida.


P.S.: A foto que ilustra o post é da queima de fogos na Avenida Paulista, onde aconteceu a principal comemoração da vitória de Dilma aqui em São Paulo. Fui correndo para lá depois que vi que o resultado das urnas estava consolidado. Foi uma festa belíssima, especialmente, o show de Alceu Valença, de uma poesia encantadora, o ponto alto foi Anunciação.


P.S. 2: Se vocês acharem pela Internet algum vídeo da TV Estatal Chinesa com um carinha muito parecido comigo ligeiramente alcoolizado e falando algo sobre eleição de Dilma e a  importância de conjugar desenvolvimento econômico com liberdade, não era eu, só alguém muito parecido comigo mesmo que estava com quase todos os meus amigos - mas sim, ele tinha razão :-)








Atualização das 19:38: Lindíssimo o post do Murilo no indispensável A Navalha de Dalí, Dilma: fazer rescender o perfume do tempo.

11 comentários:

  1. Hugo, antes de tudo, parabéns prá nós, e parabéns prá ti pelo post nota dez.

    Concordo que o diferencial dessa eleição foi mesmo a grande mídia que entrou na briga, mesmo ainda tentando posar de isenta. Como vc antevê, esses setores continuarão a brigar, unidos, para desautorizar o governo Dilma. Prá mim, a diferença nesse segundo turno foi a militância ter tomado voluntariamente a campanha em suas mãos. Me pergunto, então, como poderia a sociedade civil continuar fazendo o contraponto, de forma semelhante como ocorreu nesse período eleitoral.

    Por fim, camarada, gostaria de pedir uma análise sobre a composição das forças nesse próximo quadriênio, na União e nos estados.

    Abraços.

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  2. Alexandre Lemke,

    Eu estou procurando isso feito um doido, mas suspeito que vai ser duro - segundo o pessoal da equipe de filmagens, nós entramos ao vivo no horário de almoço na China :-)

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  3. Adriano,

    Obrigado, meu velho. Essa questão que você levantou é muito interessante. Em um primeiro momento, Dilma se elegeu por um trabalho militante voluntário e só vai se manter no poder se souber cultivar seu apoio ao longo dos próximos anos. Isso depende muito de como se estabelecerá a relação triangular entre a Presidência da República - e por tabela, do Executivo Federal -, o PT e a sociedade civil. Nem que fosse Lula novamente eleito, isso poderia continuar exatamente como está, o ponto é que o PT precisa se voltar novamente para a base (e organicamente), do contrário a base - isto é, os trabalhadores - se voltarão para outros lugares diante da natureza do embate político dos próximos anos - especialmente a militância engajada, filiada ou próxima ao PT, que fez um verdadeiro esforço de guerra nos últimos meses. Isso não significa que o Governo tenha de capitular a todas as exigências vindas dessa base, mas que terá obrigação de reatar e mesmo de criar novas conexões com esses setores, coisa que Lula contornou, algo que só era possível pelo seu descomunal carisma pessoal e pela conjuntura - ainda assim, a política meramente institucional do PT criou problemas graves para o Partido como bem sabemos. Se Dilma insistir no erro de Obama,de tentar fazer uma conciliação "por cima", junto a um adversário que a todo momento rompeu com os parâmetros da racionalidade, amparando nas sedições e no estímulo de superstições - e está pouco interessado em outra coisa senão conquistar o poder para executar o seu projeto -, ela acabará por desagradar quem lhe elegeu - e quem de fato pode lhe sustentar no poder - e não agradará o outro lado.

    abraços

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  4. Muito bom o post, dá gosto ver e ler algo tão bom assim sobre política, quando o que vemos por aí são muitas frases e textos sem-sentido e agressivos. Parabéns! Adorei a vitória da Dilma! Mas a sociedade brasileira ainda não está preparada para ter uma mulher na cadeira da presidência, infelizmente.

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  5. Obrigado, Anônimo, a gente se esforça por aqui. Agora, sobre a sociedade brasileira estar preparada ou não para uma mulher, temos de pensar que em certa medida ela está, posto que elegeu uma. Claro que existe a segunda parte da história que é provar para a sociedade que elegeu uma mulher que ela é capaz de governar também. Isso, claro, não vai ser fácil, mas eu conheço poucas mulheres capazes de aguentar o tranco quanto Dilma - que tem um gigantesco mérito de crescer proporcionalmente ao aumento da pressão aplica contra si pelos adversários. Não podemos, no entanto, nos curvarmos a essa lógica de se a sociedade brasileira está preparada ou não, do contrário ainda estaríamos elegendo homens brancos e com sobrenome de peso por aí - o PT, felizmente, nunca se curvou, elegeu o presidente-operário (quando era muito mais fácil lançar um nome mais palatável, algum intelectual burguês branco) e surfando na onda da popularidade do mesmo presidente-operário, elegeu uma mulher (quando seria bem mais fácil lançar um homem).

    abraços

    P.S.: Tomei a liberdade de apagar seu último comentário, haja vista que este último é a correção dele.

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  6. Hugo,

    Fiquei muito feliz com a vitória da Dilma. Acredito que venceu o melhor, indiscutívelmente. O Brasil, com ela, está em boas mãos.

    Também espero que Dilma não se afaste da militância, ela vai precisar de respaldo popular quando a tropa de choque da mídia começar a se movimentar contra ela. Não demora muito e logo recomeçam os ataques. Agora é desejar a ela um bom governo. E sorte, porque competência ela já tem de sobra.

    Também dei uma passada pela Paulista, lá pelas oito da noite, mas não fiquei por muito tempo. O clima era de muita alegria.

    Um abraço!

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  7. Edu,

    Foi uma campanha muito desgastante, não tinha como eu não virar a noite comemorando. Conseguimos manter o Brasil no mesmo lugar, ele poderia piorar bastante - bastante mesmo.

    abraços

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  8. Não podendo ser diferente, fiquei contentissima com a vitória da Dilma, por sua conquista como mulher, militante e política...
    Passado todo o extase da vitória, é preciso pensar no que será feito a partir de seu mandato.Realmente desejo que seu governo seja guiado pela transparência, ampliação de direitos e que o povo tenha trabalho e pão, porque independente de qualquer ideologia nós como povo brasileiro aspiramos um pais melhor...
    Que a "classe-merda" se conforme e aprenda que o pobre também faz parte da sociedade, porque os mesmos que dizem que o bolsa-familia compra votos, são os mesmos que pagam um salário desgraçado para suas empregadas domésticas (não todos mas a maioria).
    Que o Brasil se consolide como a democracia que deve ser.Que vem do povo e para o povo.

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  9. É o que esperamos, Mayara, mas eu enfatizaria muito mais o papel de setores do grande capital do que da "classe-média" em todo esse movimento que assistimos nos últimos anos. "Classe-média" não detém meios de produção, nem organicidade junto aos trabalhadores - ainda mais no Brasil - para intervir de modo decisivo em uma eleição. Ruralistas e o núcleo duro da mídia corporativa tradicional, assim como setores empresariais ciosos por diminuir os a "pressão inflacionária" sobre os "preços salariais" - eufemismo para cortes de emprego e arrochos salariais - é que bancaram política e economicamente esse descalabro, o setor da chamada "classe-média" foi apenas um substrato social que, por meio de uma complexa construção discursiva, foi insuflado contra os trabalhadores - ao passo em que se brincava com os preconceitos e superstições ainda existentes junto à classe trabalhadora. Por ora, o amplo arco de alianças complexo que sustenta o consenso firmado na Carta ao Povo Brasileiro, segurou a barra, mas sua estrutura multifacetada está aberta a rearticulações que podem não ser favoráveis ao projeto petista. É um jogo de tensão permanente entre os múltiplos setores da sociedade, como não poderia ser diferente em um regime capitalista, ainda mais em um país latino-americano. Trocando em miúdos: Ganhamos mais uma, o negócio é matar um leão por dia mesmo e o jogo é duro.

    beijos

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  10. Eu concordo nos pontos que você elencou e concordo que sejam os mais resistentes do governo.( O grande problema do Brasil é a manutenção das oligarquias que há decadas estão no poder, se submetendo a todo e qualquer tipo de conchavo para se manterem).Além disso, mesmo não configurando como os detentores dos reais meios de poder do sistema capitalista, a classe média colaboram e muito para que tenhamos diversos setors ruins na sociedade além da conivência com muitos "jeitinhos" brasileiros e pequenas ilegalidades. A classe média é muito apática ( Me pergunto se todo o povo?)esperando que venham até os ilustres berços melhorias sociais; que por enquanto podem ser postergadas com comprar carros para fugir do transporte público, pagar planos de saúde ao invés de pressionar o sus, pagar escolas privadas para não buscar em sua comunidade/sociedade efetiva melhoria na educação, desperdicio e outras cositas mais...
    Aparentemente a "classe média" não detem força econômica e nem política mas mantém hábitos e estigmas que são muito consoantes com o que nossos legisladores fazem nas câmaras de todo o pais.
    Mesmo fazendo coligações e que como qualquer partido faria para se manter, espero que a Dilma se esforce para fazer reformas políticas que há muito são esperadas, sem tom conservadorista (devaneio meu...hahah)mas que perceba o quanto o Brasil está atrasado em relação a outros paises da América Latina....Principalmente quando se fala de direitos sociais e civis.

    Beijão.

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