(globoesporte)
No primeiro clássico de Felipão no comando do Palmeiras, o técnico do Penta ainda não conseguiu sua primeira vitória, empatando a terceira consecutiva. Adílson Batista estreou nessa fogueira pelo Corinthians e perdeu a liderança, mas alguns problemas da equipe vieram à tona; o novo treinador alvinegro terá mais trabalho do que se imagina, enquanto o Fluminense de Muricy - e sua quase ida para a Seleção - é, ao meu ver, um surpreendente líder que vai se reforçando e se ninguém reagir a tempo, poderá daqui a pouco só estar administrando uma boa vantagem.
O jogo, sim, foi bom. O Corinthians entrou com Júlio César no gol - que não é nenhuma virtuose, mas está firme -, Alessandro e Castan bem pelas laterais e Chicão e William - que vacilaram mais do que o normal - com Ralf fazendo quase a sobra; Jucilei e Elias ficavam na marcação e armação, Bruno César jogava flutuando no meio e Iarley e Jorge Henrique jogavam abertos no ataque, abrindo para quem vinha de trás. - era um 4/3-1/2 que oscilava para 3/5/2, na medida que os alas jogavam adiantados.
O Palmeiras foi, pela primeira vez sob Felipão, de 3/5/2; Deola fez uma grande partida no gol, Maurício Ramos era zagueiro pela direita, Danilo pela esquerda e Edinho sobrava; no meio, Pierre, pela esquerda, e Márcio Araújo, pela direita, marcavam, enquanto Armero, pela esquerda, e Vítor, pela direita, eram os alas - Lincoln era o meia-armador; na frente Ewerthon e Kléber também jogavam abertos e, a exemplo do rival, o alviverde também não tinha referência no ataque - só que aqui por falta de opção de Felipão mesmo, que conta apenas com o jovem Tadeu de centroavante.
O Corinthians começou absurdamente melhor e os primeiros 15 minutos foram alvinegros. O time marcava sob pressão e o Palmeiras nem contra-atacar conseguia. O abafa acontecia principalmente pelas alas. Mas o Palmeiras começou a ganhar campo, pouco a pouco e mudou o jogo, mas quando isso aconteceu, o Corinthians contra-atacou, pegou a defesa verde desarrumada e Jorge Henrique, em ligeiro impedimento, fez o gol. O Palmeiras não se abateu e continuou crescendo. O verde passou a abafar. Danilo cruzou, Kléber cabeceou, Júlio defendeu, mas deu rebote para Edinho finalizar: 1x1. O Palmeiras terminou o primeiro tempo jogando melhor.
No segundo tempo, as equipes voltaram iguais e o Palmeiras seguia dominando. Mas faltava ataque, faltava um matador. O Corinthians não se encontrava. Felipão tirou Lincoln - que embora errasse bastante era a referência na armação e nas bolas paradas - para colocar Tinga - para dar mais velocidade -, mas o time perdeu inteligência no meio. Adílson mudou, tirando Bruno César - esmagado por Pierre - para colocar Defederico e o Corinthians melhorou. Dos 35 minutos do segundo tempo em diante, era o Corinthians que atacava e o Palmeiras que contra-atacava. Mas as defesas levaram a melhor. Elas por elas, o jogo foi parelho, apesar do Palmeiras ter tido mais volume.
Sem dúvida, o alviverde com três zagueiros e a volta de Danilo teve uma melhora muito grande na defesa, mas Marcos Assunção merecia ter jogado no lugar de Márcio Araújo. Pierre melhorou fisicamente e fez um grande jogo, Vítor foi bem, mas Armero continua sem saber apoiar. Na frente, Ewerthon erra demais e falta um centroavante de origem. No Corinthians, que briga com o Fluminense, também falta a figura de um legítimo nove, com Ronaldo sempre sem condições e Souza em eterna má fase. As laterais também atrapalham. Ainda assim, o jogo foi bom e o Campeonato segue numa média superior a de anos anteriores, apesar das equipes oscilarem bastante.
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