O PT estabeleceu uma estratégia nacional de candidaturas onde não priorizou a disputa dos governos estaduais, deixando-os para seus aliados, enquanto jogava seus melhores quadros para o Senado. O Partido dos Trabalhadores só lançou candidatura própria no Rio Grande do Sul - cuja independência do partido local causada por uma peculiar correlação de forças entre as correntes é, no mínimo, interessante -, nos poucos estados onde pleiteia a reeleição e, onde algo fora da faixa de normalidade aconteceu - sim, em São Paulo, onde não havia algum aliado eleitoralmente confiável no jogo nacional para representar o partido - e onde alguns setores pressionavam, pela base, candidatura própria, o que logo foi dirimido como bem o sabe do Senador Suplicy. Aloíso Mercadante, amigo do rei e dono de um quinhão do Partido no estado, lançou-se pela segunda vez consecutiva na disputa, enquanto Marta parte para a disputa no Senado.
A estratégia petista é simples, a Constituição de 88 fortaleceu, acertamente, o Poder Central e os Municípios, relegando ao Federalismo centrado na figura do "estado-federado" - uma jabuticaba americana, dentre tantas, que Ruy Barbosa nos legou - uma posição meramente ritual - logo, faz mais sentido mesmo focar-se na disputa nacional e por vagas no Senado. No entanto, essa prioridade não pode ser total, pois aí se esquece que os estados ainda são gestores de partes significativas das redes de serviços essenciais como educação, saúde, segurança pública e moradia. Bom desempenho da economia nacional, programas redistributivos e outros quetais representam bons avanços, mas sem a coordenação com esses serviços, essas conquistas são esvaziadas. Se você entrega a disputa para aliados de ocasião, pode acabar dando um tiro no pé.
Por outro lado, o PSDB também é um partido que se volta para um projeto nacional, ainda que suas características bandeirantistas - não que o PT não as tenha, mas as tem em menor grau -, precisa assegurar o poder em São Paulo e usa-lo como trampolim para o resto do Brasil. A cúpula do PSDB sempre esteve em São Paulo e em tornos dos interesses econômicos sediados em São Paulo - em suma, um quinhão relevante da produção brasileira direta e da coordenação da produção capitalista nacional - e em torno dos nomes de políticos locais, o que aparentemente se cristalizou. Isso explica porque o PSDB sempre tratou disputas e a política local de São Paulo como prioridade, mas já sacrificou o partido em estados onde ele poderia crescer como, por exemplo, na Bahia.
O PSDB que chegou ao poder em São Paulo em 94 com Covas, no entanto, era de um grupo um tanto diferente do partido que chegou ao poder no país no mesmo ano com FHC. Talvez, por uma questão da forma de se fazer política, de certos freios éticos que Covas tinha e FHC - com seu maquiavelismo mais vulgar do que se supõe - jamais teve. Mas a chegada de Covas ao poder, com chapa puro-sangue, produziu um dos maiores acidente políticos do Brasil nos últimos vinte e cinco anos: Geraldo Alckmin. Precursor do movimento de conservadores do interior de São Paulo que entraram na jovem legenda do PSDB - num momento em que o conservadorismo paulista parecia perdido com os novos tempos -, ele sempre foi a figura do "médio", do "normal" do comportamento política e da postura pessoal que a cultura hegemônica em São Paulo traça como padrão junto ao "senso comum". Essa sua medianidade sempre foi sua força, o que é no mínimo estranho, pois não falamos nem de um grande teórico, nem de um grande orador.
Alckmin era vice de Covas e herdou o governo estadual quando do falecimento do titular no meio do segundo mandato em 2000. A partir dali, ele fez o jogo que a cúpula nacional do PSDB e certas bases conservadoras - desesperadas com a implosão do malufismo - estão ciosas: Puxar o partido para a direita, mantendo um discurso que mantivesse seu eleitor histórico - o moderado pequeno-burguês que acha a ditadura ruim, mas tem medo do petismo - e mantivesse uma porta aberta para a direita - e a extrema-direita também. Desse acidente, produziu-se o candidato presidencial do Partido em 2006.
As Eleições de 2006 - que já fazem quatro anos, Deus, como estou velho - foi uma das páginas mais interessantes da política brasileira. Tínhamos, de um lado, um Lula, que depois de seu primeiro mandato, contava apenas com o trunfo das políticas sociais e medidas sérias de estabilização monetária e fiscal do país, mas amargava os insucessos do fracasso na política institucional - pelas limitações do seu partido - e o preço de não ter tido uma politica de desenvolvimento e alavancagem da economia nos seus primeiros anos, o que resultou em baixo crescimento econômico. Do outro, Alckmin tensionava à direita, pautando de forma velada - embora suficientemente clara - que aquele fracasso era o fracasso da "política" - na verdade, da Democracia - e que era hora de um "gerente" - isto é, era hora de deixar essa história de "muita conversa" de lado e reduzir a Democracia a um mero adorno, partindo para uma "administração empresarial".
Na hora H, Lula ganhou outro trunfo que era o de se posicionar como o guardião, mesmo imperfeito, da Democracia: O anti-herói nacional, velho e barbudo, que velava por aquele adorno - e Lula sabe fazer isso como poucos: Venceu Alckmin contra as circunstâncias. Há quem diga que Alckmin tenha cometido um erro estratégico, mas eu suspeito que as convicções dele não lhe permitiriam agir e pautar a campanha de outra forma. Depois dessa derrota, a ala serrista do PSDB se fortaleceu e, usando Kassab - o vice-prefeito demista da capital que herdou um mandato conquistado por Serra em 2004 como mero trampolim - pôs à pique a candidatura de Alckmin à Prefeitura em 2008.
Ressentido e humilhado, mas contando com o bom número de apoiadores fiés no interior, Alckmin ganhou a indicação para disputar o governo do estado. Não, a situação interna do partido não é boa - tampouco de sua candidatura. Como falava com o André na caixa de comentários, não há plena confiança na força da candidatura dele. A tática, portanto, é o esvaziamento do debate. Cozinha-se o galo e evita-se o confronto direto com Mercadante para se livrar de temas espinhosos e, assim, garantir que qualquer perda de pontos seja inofensiva caso ocorra - e, posso garantir, essa é uma possibilidade claramente considerada pelos estrategistas de sua campanha, levando em consideração a gordura razoável que ele tem a seu favor, mas que pode sim derreter dependendo do que aconteça.
As demais candidaturas tem pouca penetração. O PP se reconstrói após o fim do malufismo e tenta se reerguer com a figura do deputado Celso Russomano que, apesar de ser consideravelmente popular, não tem tônus nem leque de apoios para disputar realmente o cargo, trata-se de uma campanha de fortalecimento de chapa mesmo. A candidatura de Paulo Skaf, o principal líder empresarial do país, pelo PSB, é uma das maiores excentricidades já vistas. O PSOL larga com o surpreendente Paulo Búfalo. O ponto é que mesmo que a candidatura Alckmin não seja nenhuma sumidade, só Mercadante tem chances reais de vencê-lo - e pode, por mais difícil que pareça. A questão é lançar o debate o quanto antes, por mais que o silêncio tático da mídia corporativa sobre o assunto seja um obstáculo.
Por outro lado, o PSDB também é um partido que se volta para um projeto nacional, ainda que suas características bandeirantistas - não que o PT não as tenha, mas as tem em menor grau -, precisa assegurar o poder em São Paulo e usa-lo como trampolim para o resto do Brasil. A cúpula do PSDB sempre esteve em São Paulo e em tornos dos interesses econômicos sediados em São Paulo - em suma, um quinhão relevante da produção brasileira direta e da coordenação da produção capitalista nacional - e em torno dos nomes de políticos locais, o que aparentemente se cristalizou. Isso explica porque o PSDB sempre tratou disputas e a política local de São Paulo como prioridade, mas já sacrificou o partido em estados onde ele poderia crescer como, por exemplo, na Bahia.
O PSDB que chegou ao poder em São Paulo em 94 com Covas, no entanto, era de um grupo um tanto diferente do partido que chegou ao poder no país no mesmo ano com FHC. Talvez, por uma questão da forma de se fazer política, de certos freios éticos que Covas tinha e FHC - com seu maquiavelismo mais vulgar do que se supõe - jamais teve. Mas a chegada de Covas ao poder, com chapa puro-sangue, produziu um dos maiores acidente políticos do Brasil nos últimos vinte e cinco anos: Geraldo Alckmin. Precursor do movimento de conservadores do interior de São Paulo que entraram na jovem legenda do PSDB - num momento em que o conservadorismo paulista parecia perdido com os novos tempos -, ele sempre foi a figura do "médio", do "normal" do comportamento política e da postura pessoal que a cultura hegemônica em São Paulo traça como padrão junto ao "senso comum". Essa sua medianidade sempre foi sua força, o que é no mínimo estranho, pois não falamos nem de um grande teórico, nem de um grande orador.
Alckmin era vice de Covas e herdou o governo estadual quando do falecimento do titular no meio do segundo mandato em 2000. A partir dali, ele fez o jogo que a cúpula nacional do PSDB e certas bases conservadoras - desesperadas com a implosão do malufismo - estão ciosas: Puxar o partido para a direita, mantendo um discurso que mantivesse seu eleitor histórico - o moderado pequeno-burguês que acha a ditadura ruim, mas tem medo do petismo - e mantivesse uma porta aberta para a direita - e a extrema-direita também. Desse acidente, produziu-se o candidato presidencial do Partido em 2006.
As Eleições de 2006 - que já fazem quatro anos, Deus, como estou velho - foi uma das páginas mais interessantes da política brasileira. Tínhamos, de um lado, um Lula, que depois de seu primeiro mandato, contava apenas com o trunfo das políticas sociais e medidas sérias de estabilização monetária e fiscal do país, mas amargava os insucessos do fracasso na política institucional - pelas limitações do seu partido - e o preço de não ter tido uma politica de desenvolvimento e alavancagem da economia nos seus primeiros anos, o que resultou em baixo crescimento econômico. Do outro, Alckmin tensionava à direita, pautando de forma velada - embora suficientemente clara - que aquele fracasso era o fracasso da "política" - na verdade, da Democracia - e que era hora de um "gerente" - isto é, era hora de deixar essa história de "muita conversa" de lado e reduzir a Democracia a um mero adorno, partindo para uma "administração empresarial".
Na hora H, Lula ganhou outro trunfo que era o de se posicionar como o guardião, mesmo imperfeito, da Democracia: O anti-herói nacional, velho e barbudo, que velava por aquele adorno - e Lula sabe fazer isso como poucos: Venceu Alckmin contra as circunstâncias. Há quem diga que Alckmin tenha cometido um erro estratégico, mas eu suspeito que as convicções dele não lhe permitiriam agir e pautar a campanha de outra forma. Depois dessa derrota, a ala serrista do PSDB se fortaleceu e, usando Kassab - o vice-prefeito demista da capital que herdou um mandato conquistado por Serra em 2004 como mero trampolim - pôs à pique a candidatura de Alckmin à Prefeitura em 2008.
Ressentido e humilhado, mas contando com o bom número de apoiadores fiés no interior, Alckmin ganhou a indicação para disputar o governo do estado. Não, a situação interna do partido não é boa - tampouco de sua candidatura. Como falava com o André na caixa de comentários, não há plena confiança na força da candidatura dele. A tática, portanto, é o esvaziamento do debate. Cozinha-se o galo e evita-se o confronto direto com Mercadante para se livrar de temas espinhosos e, assim, garantir que qualquer perda de pontos seja inofensiva caso ocorra - e, posso garantir, essa é uma possibilidade claramente considerada pelos estrategistas de sua campanha, levando em consideração a gordura razoável que ele tem a seu favor, mas que pode sim derreter dependendo do que aconteça.
As demais candidaturas tem pouca penetração. O PP se reconstrói após o fim do malufismo e tenta se reerguer com a figura do deputado Celso Russomano que, apesar de ser consideravelmente popular, não tem tônus nem leque de apoios para disputar realmente o cargo, trata-se de uma campanha de fortalecimento de chapa mesmo. A candidatura de Paulo Skaf, o principal líder empresarial do país, pelo PSB, é uma das maiores excentricidades já vistas. O PSOL larga com o surpreendente Paulo Búfalo. O ponto é que mesmo que a candidatura Alckmin não seja nenhuma sumidade, só Mercadante tem chances reais de vencê-lo - e pode, por mais difícil que pareça. A questão é lançar o debate o quanto antes, por mais que o silêncio tático da mídia corporativa sobre o assunto seja um obstáculo.
Hugo,
ResponderExcluirTalvez a mídia paulista se veja na necessidade de colocar a eleição estadual na pauta do dia mais cedo do que gostaria. Li apenas por alto, mas parece que em pesquisa encomendado pelo PSB a vantagem de Alckimin diminuiu significativamente, e não é mais suficiente para evitar um segundo turno.
A julgar pela participação que a editora Abril conseguiu na pasta da educação no atual governo _ que certamente seria colocada em risco se o vencedor for o Mercadante _ logo logo as manchetes da Veja se voltaram contra o candidato petista. O restante da mídia impressa e televisiva viria a seguir.
Eu considero Geraldo Alckimin um politico fraco e sem carisma, mas tenho certeza que ele será muito bem blindado pela imprensa. Seu trunfo, como você disse, é o interior. É difícil explicar por que, mas tenho parentes numa cidadezinha economicamente inexpressiva, onde todo mundo adora o ex-governador. Isso sem ele ter feito nada para merecer tamanha estima. Vai entender...
Edu,
ResponderExcluirOlha, eu arrisco em dizer o seguinte: Se o Lula é a incorporação do brasileiro médio no seu modo de ser, Alckmin, em certa medida, expressa o mesmo em relação à peculiar cultura do interior de São Paulo. O problema é que o pessoal tem de voltar as baterias contra Dilma, uma nova derrota no governo federal será um grande desastre. Perder para o Lula é algo aceitável - e você racionaliza isso atribuindo à figura pessoal dele as vitórias -, mas perder para o projeto de Lula é inaceitável para essa gente - e para mais gente ainda, acredite. O ponto é que o Alckmin ainda tem mais intenções de voto que todos os outros candidatos somados, mas se antes ele aparecia com 51%, agora aparece com 38%. Se a queda continuar, eles vão ter de ir pro debate, mas se não, eles vão ficar na moita. Eu aposto na primeira hipótese, então a bola cai no pé de Mercadante e aí as coisas esquentam.
um abraço
Acrescenta um ingrediente nesta receita do PSDB paulista: Serra que era apregoado como grande gestor, como desenvolvimentista, como um grande quadro, não fez nada que demonstre isso em 4 anos de governo no estado. Se a campanha presidencial discutir o que ele fez em SP, acho que não tem nada pra mostrar.
ResponderExcluirOutra coisa - o Mercadante é um bom quadro, ponto. Mas a campanha dele vai mal, eu acho. Tem a questão que você aponta, que não era pra ter candidato, e que ele sai às pressas. Ficaram esperando o Ciro Gomes, no fim ele não quis.
Mas vê se isso é jeito de começar. Olha as primeiras coisas que ele está propondo:
http://www.band.com.br/jornalismo/eleicoes2010/conteudo.asp?ID=100000326199
Alguém precisa pensar um programa de governo decente para o maior estado do país. Isso é mais do que urgente!
André Egg,
ResponderExcluirCreio que isso deve fazer parte da estratégia do PT sim: Promover uma comparação entre os governos FHC e Lula e lembrar ao eleitorado que Serra participou do primeiro e Dilma do segundo. Comparações com o não-feito por Serra no governo do estado, apesar das verbas federais abundante, também.
Aliás, desde que concorreu para prefeito de São Paulo em 2004, Serra estava em campanha para Presidente em 2010. Cada passo que dava e que cada briga que comprava era disputada por uma perspectiva meramente eleitoral - por um viés paranoico onde se algo desse errado, seria o fim de sua carreira. Isso resultou em governos muito ruins tanto no município quanto no estado, cujos efeitos foram amortecidos por uma campanha anti-lulista bem-sucedida.
Mas inúmeras pontas ficaram soltas. Uma delas é Kassab, uma aberração acidental que nasce da guerra interna entre ele e Alckmin no PSDB - e cuja responsabilidade é de ambos, afinal, foi Alckmin que o enfiou na chapa municipal de Serra em 2004. Sua popularidade é baixa, baixíssima.
Os números de Serra/Kassab na Prefeitura e de Serra no governo do estado, como não poderia ser diferente num contexto desses, são ruins. Em tudo. Na educação. Na segurança pública. Na política de moradia. É questão de saber aproveitar.
abraços
Então.
ResponderExcluirKassab tem popularidade baixa, mas ganhou da Marta em 2008.
Não achei ruim a estratégia do Mercadante de comparar os Governos Lula/Serra. O link que eu pus aí dá como propostas dele: (1) criar um sistema para enviar SMS pros pais quando os filhos gazeam aula; (2)acabar com a progressão continuada; (3) aumentar o policiamento ostensivo; (4) investir em novas linhas do metrô.
Alguém quer fazer favor de emprestar um programa de governo pro cara? Eu não sei se ainda dá tempo de construir um até a eleição.
O Alckmin já tem o dele, feito de copy/paste do programa mor do PSDB/DEM.
Sim, André, mas a popularidade de Kassab em 2008 era consideravelmente maior do que ele é hoje. Aliás, ele soube como ninguém fazer uma campanha centrista e passar pelo meio do desgaste de Alckmin e de Marta, o que fazia um enorme sentido - quem acompanhava a política paulistana com atenção à época sabia que se ele fizesse isso, levava. Fez e levou.
ResponderExcluirSobre o programa de Governo de Mercadante, temos de ver os seguintes pontos: (I) As atribuições dos governos estaduais são, já não é de hoje, muito restritas, não há, no duro, muito o que propor. O que resta mesmo é propor itens nas áreas de educação, segurança pública, transporte e saúde; (II) Um ponto que eu deveria ter levantado no meu post sobre o esvaziamento do debate eleitoral a questão da redução dos programas de governos a meros tópicos rituais. Sim, via de regra, programas de candidaturas, não raro, são resumidos ao óbvio e ao não-comprometedor eleitoralmente. Na prática, quem acompanha a política local sabe que os partidos tem o seu programa e o seu plano, mais ou menos pelos princípios que defendem - o que é horrível, mas...-; nesse sentido, o PT tem uma política bem diferente do PSDB para a educação pública e bate de frente inclusive, com o arranjamento burocrático que o partido hegemônico teceu ao longo da década e meia que está no poder. Para segurança, restam alguns clichês. Para transporte, propor o básico do básico - sim, parece evidente propor aumento de verbas para metrô, mas não é. A construção dele continua lenta como uma tartaruga e de maneiras cada vez mais mal explicadas, basta ver o longo histórico da Linha Amarela.
abraços