A União Faz a Força |
Suplicy |
Marilena Chauí |
Lotado até em cima |
Parecia uma Pintura Mural |
A Mesa |
O Ato pró-Dilma, realizado no fim da tarde de ontem na FFLCH-USP foi espetacular. Uma mesa com Alfredo Bosi, Celso Antônio Bandeira de Mello, Eduardo Suplicy, Marilena Chauí, Vladimir Safatle entre outros não é pouca coisa. Cheguei bem cedo lá, numa caravana de puquianos, para evitar o trânsito e mais transtornos - para quem não conhece São Paulo, a USP fica perto só de si mesma -, acompanhamos a chegada do pessoal, lotando pouco a pouco pátio da praça de alimentação do pré da Geografia e da História. Era engraçado. A militância que chegava ia formando uma multidão na qual apesar do predominio do vermelho, via-se outras cores, formando um colorido colorado, o que parecia mesmo uma pintura mural mesmo. As falas de Safatle, clamando pelo discernimento e lembrando que a capacidade de distinguir é das principais da inteligência, de Bandeira de Mello nos lembrando do valor de uma mulher que testemunhou com o próprio corpo a sua convicção na luta contra a ditadura foram belíssimas. A fala emocionada de Suplicy, nos lembrando de sua fala contra Agripino Maia no Senado, foi lindíssima. Marilena Chauí, chamando a atenção para a possibilidade de um atentado de bandeira trocada, no qual militantes anti-Dilma, vestidos com a camisa do PT, poderiam causar algum incidente para culpar Dilma fez uma fala dura porém necessária, sobre os riscos reais de algum factóide catastrófico nessa semana - além de ter feito um belo discurso sobre a inflexão do país sob Lula. Enquanto todos falavam, lá estava eu, na frente tirando minhas fotos enquanto a multidão crescia. A certeza que eu tinha naquele momento é que este projeto não pode ser interrompido, ainda mais levando em consideração que aquele que se opõe a ele, nada mais é que um retorno as desventuras dos anos 90. O ato termina, depois do calor intenso daquela tarde/início de noite, começou a garoar e da garoa veio o vento que anunciou uma chuva torrencial enquanto eu partia.
Mobilizacao já.
ResponderExcluirHá um grande numero de indecisos e pessoas que pretendem anular. E mais, 85% dos indecisos consideram o governo lULA Otimo ou bom.
Conclusao: há um potencial enorme de votos para que a mobilizacao da militancia da Dilma. Quem está indeciso super-aprova o governo Lula. É só lembra-los que o Brasil melhorou e isso se deve em grande parte a Dilma. Essa é a pauta.
Segundo o Datafolha, dia 24/10/2006,havia 3% de indecisos e 2% de pessoas que pretendiam votar branco ou nulo.
http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=319
Atualmente, segundo o datafolha, o numero de indecisos é de 8%, segundo a Vox, 7% e a Sensus 6,8%. E mais as pessoas que pretendem votar em branco ou nulo somam 5% a 6%. No total teríamos hoje, 13% dispostos a votar em branco ou nulo ou estao indecisos, enquanto em 2006, esse numero era de apenas 5%.
Além disso, segundo o datafolha 85% dos indecisos acham o governo bom ou otimo, enquanto apenas 1% acham ruim ou péssimo. Nao é normal que isso ocorra, pois sempre os indecisos tendem a se concentrar entre aqueles que consideram o governo regular. Nunca tiunha visto, uma pesquisa em que os que gostam do governo estao mais indecisos do que entre aqueles que o governo nao fede nem cheira. Isso é rersultado da eficiencia da campanha anti-Dilma, que conseguiu difama-la a ponto de que as pessoas desconsiderassem o fato que ela é das principais responsaveis pelo que de bom está ocorrendo no Brasil. http://datafolha.folha.uol.com.br/folha/datafolha/tabs/intvoto_pres_22102010.pdf
Por outro lado, os anti-Lula estao marchando com o Serra em peso muito maior do que marcharam com o Alckmin.
Anônimo,
ResponderExcluirAcho a questão bastante complexa, mas (I) Sim, é hora de mobilização mesmo; (II) O PT sempre defendeu o Presidencialismo para que as mudanças que o país precisa não fossem neutralizadas por um processo parlamentar-institucional, fato que eu sempre discordei, posto que no presidencialismo existe um peso muito grande na figura pessoal de quem está pleiteando o cargo, o que eu sempre considerei um erro na medida em que se corrompe com grande facilidade o debate eleitoral por meio de um discurso que não é projeto, mas a desconstrução do ethos do adversário - o que aconteceu nessa campanha, só o presidencialismo possibilita tamanho espaço para que não se questionar a continuidade ou não continuidade de um projeto, mas sim a índole de uma figura individual (no caso, o debate passa em muitos casos pela construção ou desconstrução da figura de Dilma, o que não deveria ter essa relevância diante do debate projetivo); (III) Nunca vi o número de indecisos aumentar na semana final. Isso é resultado desse fenômeno da conjugação do problema sistêmico do presidencialismo com as condições específicas desta campanha eleitoral. Por fim, é triste, mas depois que o PSDB resolveu abrir da racionalidade para ganhar, o debate em si se exauriu (sim, o substrato ético de um sistema passa pelo consenso entre seus grandes atores, o que se perdeu neste campanha).
abraços