sexta-feira, 25 de junho de 2010
Notas da Copa: Definição dos Grupos E e F
(Dois azuis, dois destinos - fotos da AP)
Com certo atraso, mas com igual disposição, comento aqui as surpresas de ontem: A vergonha da desclassificação italiana frente a gloriosa Seleção da Eslováquia e a pancada que o Japão deu na Dinamarca. Sim, eu queimei a língua, no entanto, não por ter negado, algum dia, que a Itália é uma fraude ou que o Japão - e o futebol do extremo-oriente - estão em processo de evolução, mas por ter subestimado os dois fenômenos. Acertei, no entanto, quanto ao Paraguai, que confirmou a tendência de ascenção do futebol sul-americano na esfera global de seleções - tome outra classificação em primeiro, fenômeno que se manifestou no Grupo A e B e agora se repete agora no Grupo E. A Holanda confirmou o favoritismo e manteve a primeira colocação do Grupo F.
A desclassificação italiana se deu num jogo dramático, com cinco gols - algo raro numa Copa que não fosse pela bola teríamos batido o recorde de placares em zero -, o que demonstrou as graves limitações do futebol italiano, escravo de uma mentalidade defensivista que veda a formação de jogadores ofensivos - em especial para a armação de jogo - e que só é capaz de produzir times campeões em situações atípicas, o que é decepcionante - e também alentador, se visto pelo lado bom -, pois não resta dúvida que falamos de um futebol tradicional e com know-how para fazer mais do que isso. O Paraguai, por sua vez, controlou a fraca Nova Zelândia, garantiu a primeira colocação e demonstrou seu bom e velho pragmatismo - dessa vez amadurecido.
Claro, de longe o melhor jogo foi entre japoneses e dinamarqueses na disputa pela última vaga do Grupo F: Um jogaço no qual a seleção do país do sol nascente dominou o adversário, soube aproveitar as idiossincrasias da jabulani e, sob o comando do técnico Takeshi Okada, desenvolveu uma forma de jogar própria às suas necessidades - além do contar com jogadores como um Honda. Foi a melhor partida do Japão numa Copa do Mundo e, depois da surpresa, eles travaram um confronto duro - e igualmente inesperado - contra o também surpreendente Paraguai. A Holanda, que teve ontem a volta de Robben, venceu o já eliminado Camarões e passou em primeiro com 100% de aproveitamento, ainda que sem lá muito brilho.
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