Amanhã a Seleção Brasileira enfrenta o Chile pelas oitavas de final da Copa. Trata-se do maior freguês do Brasil na era Dunga, mas é necessário ponderar a boa primeira fase realizada - a única derrota que sofreu foi fruto de falha infeliz de seu goleiro. Da primeira fase brasileira, o que se pode dizer é que o time estreou nervoso, teve a melhor atuação da segunda rodada da Copa e depois desperdiçou o terceiro jogo com testes mal-feitos.
A estreia ocorreu dentro da margem da normalidade, ainda que abaixo das expectativas; o time esteve muito nervoso durante todo o primeiro tempo contra a Coreia do Norte (2x1) e só entrou em campo no Segundo Tempo, quando Kaká - visivelmente no sacrifício físico - passou a participar mais e Elano e Robinho passaram a se movimentar pelas pontas - além da memorável atuação de Maicon. Ainda assim tomamos um gol por distração.
No jogo contra a Costa do Marfim (3x1), onde o único placar que interessava era a vitória, o time brasileiro fez seu melhor jogo, cozinhando o galo, procurando espaços na marcação e tocando a bola - Luís Fabiano fez uma partida memorável na frente e Kaká, mesmo com as limitações físicas e a forte marcação, desequilibrou no meio, compensado ainda pelas boas atuações de Robinho e Elano pelas pontas.
Contra Portugal, Dunga fez bem em poupar Robinho, mas errou ao entrar com Júlio Bapstista na posição de Kaká - injustamente expulso no jogo anterior - e como Daniel Alves no lugar de Elano, ambos foram muito mal e as substituições tardaram a acontecer - notadamente a presença do curinga Ramires. Nilmar, no entanto, foi bem no lugar de Robinho e é um reserva de luxo.
Das atuações individuais - segundo as notas que eu atribui nos três jogos - tivemos o seguinte:
1. Júlio César: 6,83
A estreia ocorreu dentro da margem da normalidade, ainda que abaixo das expectativas; o time esteve muito nervoso durante todo o primeiro tempo contra a Coreia do Norte (2x1) e só entrou em campo no Segundo Tempo, quando Kaká - visivelmente no sacrifício físico - passou a participar mais e Elano e Robinho passaram a se movimentar pelas pontas - além da memorável atuação de Maicon. Ainda assim tomamos um gol por distração.
No jogo contra a Costa do Marfim (3x1), onde o único placar que interessava era a vitória, o time brasileiro fez seu melhor jogo, cozinhando o galo, procurando espaços na marcação e tocando a bola - Luís Fabiano fez uma partida memorável na frente e Kaká, mesmo com as limitações físicas e a forte marcação, desequilibrou no meio, compensado ainda pelas boas atuações de Robinho e Elano pelas pontas.
Contra Portugal, Dunga fez bem em poupar Robinho, mas errou ao entrar com Júlio Bapstista na posição de Kaká - injustamente expulso no jogo anterior - e como Daniel Alves no lugar de Elano, ambos foram muito mal e as substituições tardaram a acontecer - notadamente a presença do curinga Ramires. Nilmar, no entanto, foi bem no lugar de Robinho e é um reserva de luxo.
Das atuações individuais - segundo as notas que eu atribui nos três jogos - tivemos o seguinte:
1. Júlio César: 6,83
2. Maicon: 7,50
3. Lúcio: 5,50
4. Juan: 5,66
6. Michel Bastos: 4,00
5. Felipe Melo: 4,66
(17. Josué):5,00
8. Gilberto Silva: 5,33
7.Elano: 7,25
(13. Daniel Alves: 4,16)
(13. Daniel Alves: 4,16)
10. Kaká: 7,25
(19. Júlio Baptista:4,00)
(19. Júlio Baptista:4,00)
(18.Ramires: 6,50)
11. Robinho: 6,50
(21.Nilmar: 6,00)
(21.Nilmar: 6,00)
9. Luís Fabiano: 6,16
T. Dunga: 6,16
Evidentemente, analisar um time de futebol de maneira atomizada diz menos do que pensa, apenas aponta para certos detalhes. O que conta é o conjunto mesmo. O ponto é que analisado individualmente, o time está abaixo das suas potencialidades. O esquema 4/2-3/1 depende muito do armador central, ou seja, Kaká, um jogador que não chegou bem fisicamente, mas quando foi exigido, conseguiu se superar e foi bem. Os outros dois jogadores que completam o trio de armação, Elano e Robinho foram bem - especialmente Elano, autor de dois gols, e dono de uma movimentação inteligente. Luís Fabiano foi muito bem contra a Costa do Marfim e atuou apenas medianamente nos outros dois jogos. O problema mora atrás: A dupla de volantes brasileira é lenta, Gilberto Silva não me parece em grande forma e Felipe Melo, uma das convocação mais contestadas de Dunga, esteve abaixo da média - o que é particularmente complicado, pois na medida em que Felipe é o volante pela esquerda, as coisas se complicam mais ainda pelos setor, haja vista que Michel Bastos vai muito mal pela lateral-esquerda. Pela lateral-direita, Maicon é o melhor jogador da Copa na posição, a zaga formada por Lúcio e Juan é boa, está em forma, mas foi displicente demais ao longo da primeira fase. Júlio César está soberbo no gol.
É fundamental que o time corrija seu problema pelo lado canhoto; Gilberto poderia entrar no lugar de Michel e Ramires poderia entrar como segundo volante no lugar de Felipe Melo - pela direita, com Gilberto Silva trocando de lado -, isso daria mais segurança para Robinho avançar e também protegeria o time de uma jogada particularmente forte do time chileno por ali - Valdivia várias vezes atuou como ponta-direita no 3/4/3 chileno, esquema que eu duvido que se repita, embora Bielsa deva escalar pontas, seja para para segurar Maicon ou para explorar as deficiências de Michel, portanto o Chile deve entrar num 4/2-3/1, mas as dúvidas são muitas, com vários jogadores suspensos, Bielsa, que em situações normais costuma ser surpreendente, certamente tirará um coelho da cartola amanhã.
Evidentemente, analisar um time de futebol de maneira atomizada diz menos do que pensa, apenas aponta para certos detalhes. O que conta é o conjunto mesmo. O ponto é que analisado individualmente, o time está abaixo das suas potencialidades. O esquema 4/2-3/1 depende muito do armador central, ou seja, Kaká, um jogador que não chegou bem fisicamente, mas quando foi exigido, conseguiu se superar e foi bem. Os outros dois jogadores que completam o trio de armação, Elano e Robinho foram bem - especialmente Elano, autor de dois gols, e dono de uma movimentação inteligente. Luís Fabiano foi muito bem contra a Costa do Marfim e atuou apenas medianamente nos outros dois jogos. O problema mora atrás: A dupla de volantes brasileira é lenta, Gilberto Silva não me parece em grande forma e Felipe Melo, uma das convocação mais contestadas de Dunga, esteve abaixo da média - o que é particularmente complicado, pois na medida em que Felipe é o volante pela esquerda, as coisas se complicam mais ainda pelos setor, haja vista que Michel Bastos vai muito mal pela lateral-esquerda. Pela lateral-direita, Maicon é o melhor jogador da Copa na posição, a zaga formada por Lúcio e Juan é boa, está em forma, mas foi displicente demais ao longo da primeira fase. Júlio César está soberbo no gol.
É fundamental que o time corrija seu problema pelo lado canhoto; Gilberto poderia entrar no lugar de Michel e Ramires poderia entrar como segundo volante no lugar de Felipe Melo - pela direita, com Gilberto Silva trocando de lado -, isso daria mais segurança para Robinho avançar e também protegeria o time de uma jogada particularmente forte do time chileno por ali - Valdivia várias vezes atuou como ponta-direita no 3/4/3 chileno, esquema que eu duvido que se repita, embora Bielsa deva escalar pontas, seja para para segurar Maicon ou para explorar as deficiências de Michel, portanto o Chile deve entrar num 4/2-3/1, mas as dúvidas são muitas, com vários jogadores suspensos, Bielsa, que em situações normais costuma ser surpreendente, certamente tirará um coelho da cartola amanhã.
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