Pela tarde, o Paraguai enfrentou um time animado do Japão. Ambas as seleções chegaram com méritos nas oitavas, mas jogaram pouco. Os paraguaios conseguiram cravar a primeira colocação no grupo da atual campeã, a Itália, os japoneses caíram no complicado grupo da Holanda e conseguiram superar os bons times de Camarões e da Dinamarca - mostrando uma obstinada trajetória de evolução ao longo das quatro copas consecutivas que disputaram. O time do Paraguai marca muito, tem um bom goleiro, Villar, dois laterais que no papel defensivo são ótimos, Bonet e Morel Rodríguez, uma boa zaga, Da Silva e Alcaraz, mas seu meio-de-campo, ainda que marque bem se ressente de uma crônica falta de criatividade, enquanto seus atacantes, Barrios e Santa Cruz, jogam por característica enfiados, o que resume seu jogo ofensivo à bola parada e aos lançamentos. O Japão, nesse sentido, já tem um leque de opções melhor: Pontas rápidos, Okubo e Matsui (alternando com Hasebe) e um bom centroavante, Honda, além de chutar bem de fora da área. As equipes, no entanto, se anularam o jogo inteiro e o jogo foi para a prorrogação, onde o Paraguai foi ligeiramente melhor, mas não definiu. Nos pênaltis, vitória paraguaia no gol de Cardozo (foto:AP).
No outro jogo, Espanha e Portugal fizeram o clássico ibérico, jogo que não se repetia desde 2004 quando o time lusitano treinado por Felipão eliminava a Espanha pela Euro. A Espanha jogou num 4/4/2 contra o 4/3/3 luso. Depois de um bombardeio espanhol durante os primeiros dez minutos - nos quais a fúria, comandada por Villa, só não chegou ao gol pelas intervenções de ótimo goleiro português Eduardo -, Portugal equilibrou o jogo na marcação, mas só conseguia criar algo com nas subidas de Fábio Coentrão pela lateral-esquerda - suprindo a nulidade que atuava pela ponta-esquerda chamada Cristiano Ronaldo - e mais nada. Os espanhóis, com a entrada de Iniesta não se aproveitavam das constantes subidas do lateral português, pois com a entrada de Iniesta, não tinham jogava por aquele setor. A zaga portuguesa anulava Fernando Torres e não houve como o placar sair do zero. Na segunda etapa, o jogo da Espanha melhorou, sempre pelos pés de Villa enquanto Portugal restava travado. O miolo de zaga português falha por duas vezes e Llorente que entrara no lugar de Torres cabeceia para Eduardo fazer um milagre e depois, na base da linha-burra - que não falhou, mas sim milimetricamente o bandeirinha - Villa fez no sufoco o gol da vitória. Amargaram os portugueses a dura realidade de jogar fazendo linha, afinal, como já dissemos por aqui, não basta acertar, mas rezar para que os bandeirinhas também o façam. Os lusos, mesmo com a queda de produção do time espanhol não foram capazes de empatar e caíram eliminados. Foram embora tendo enfiado uma ilusória goleada na Coreia do Norte - a maior diga-se - e sem ter feito gol em ninguém. A Espanha provou qualidade, mas precisa de solidez, sua sorte é que só precisará mostrar isso na semi, pois no jogo contra o Paraguai será um novo jogo de ataque contra defesa - o que tem lá os seus riscos como nos lembra a Suiça.
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