Do jogo uruguaio, uma grande atuação do centro-avante Suárez (foto: Getty Images) com dois gols e outra bela atuação do trio de ataque como um todo, também formado por Forlán - hoje abaixo da sua média nesta Copa - pela esquerda e Cavani pela direita. O time do Uruguai, em uma falha da defesa sul-coreana, abriu o placar aos oito minutos do primeiro tempo, o ataque funcionava, o meio mesmo sem muita criatividade atuava bem - Pérez e Arévalo na marcação e Álvaro Pereira armando -, a zaga formada por Lugano e Godin continuava firme, Maxi Pereira voava pela latera-direita apesar de Fucile ir mal pela esquerda. A Coreia do Sul buscava compensar sua fragilidade técnica com lances de velocidade em seu 4/4/2, mas só levou vantagem no Segundo Tempo, quando a celeste além de ter recuado, demonstrava cansaço físico; Chu Yung comandava bem o ataque, os laterais funcionavam e o meio tocava bem a bola. De repente, a Coreia do Sul passou a apresentar o seu melhor futebol na Copa e o gol era iminente. Lugano, matando contra-ataque, fez falta e na falha de Muslera, que saiu mal do gol, a Coreia empatou. Aí, o Uruguai resolveu voltar para o jogo, Oscar Tabárez mexeu bem ao tirar Álvaro Pereira para colocar Lodeiro e o time foi para o ataque. Suárez fez mais um em lindo lance de ataque. Quando tudo parecia definido, Muslera não segurou e Lugano salvou em cima da linha. Mas fim de jogo. O Uruguai chega às quartas de final numa Copa que marca seu renascimento bem como a ascenção do futebol sul-americano. Vitória merecida.
No outro jogo, os EUA vinham com toda a empolgação de uma primeira fase muito bem jogada, um grupo unido e entrosado contra Gana, única equipe africana no torneio, treinada pelo sérvio Milovan Rajevac. Enquanto os americanos desfilavam seu clássico 4/4/2 à inglesa - com duas linhas de 4 jogadores e armação sendo feita por meias abertos -, Rajevac armou seu time para anular esse jogo: Kingson era goleiro e junto aos dois Mansah, Pantsil atuou como zagueiro pela direita (ao invés de lateral-direito) para pegar os dois atacantes americanos, Altidore e Findley; no meio, Inkoom era ala-direito e marcava Dempsey - que jogava invertido pela esquerda - e Sarpei era ala-esquerda para pegar Donovan - invertido pela direita -, enquanto Boateng e Annan ficavam pelo meio batendo de frente com Clark e Bradley; na frente Ayew e Asamoah eram pontas e batiam de frente com os laterais Cherundolo e Bornstein enquanto Gian era o centro-avante brigando contra De Merit e Bocanegra (hoje, zagueiro-esquerdo). O pulo do gato do esquema é que Boateng (foto: Reuters) marcava e vinha de trás quebrando a sobra de bola americana. Foi assim que Gana fez o primeiro gol logo no começo do jogo.
Na segunda etapa, os americanos melhoraram, Feilhaber, atacante nascido no Brasil, entrou no lugar de Findley e deu mais velocidade ao ataque. Donovan e Dempsey cresceram e a entrada de Edu no lugar de Clark, realizada ainda no primeiro tempo, surtiu efeito. Os americanos passaram a mandar no jogo e empataram em cobrança de pênalti, realizado por Jonathan Mansah sobre Dempsey, batida por Donovan. O problema é que chegada metade do Segundo Tempo e as equipes passaram a administrar o placar, mais preocupadas em não tomar gol do que em definir o jogo. Deu prorrogação, claro. No comecinho dela, Gyan recebeu lançamento longo de Ayew, entrou em profundidade, a zaga não alcançou e ele definiu. Bem que os EUA tentaram empatar em lances de desespero, mas não criaram nada de produtivo enquanto os ganenses se defendiam com destreza. Vitória merecida.
Amanhã
A Argentina é favorita diante do México. O time treinado por Maradona vem contagiado pela força de vontade e alegria de seu treinador, tem um leque de opções absurdo para o ataque e, apesar dos defeitos defensivos, enfrenta uma equipe que se ressente da falta de criatividade no meio-de-campo - seja para armar ou para fazer a transição. Alemães e ingleses já fazem um confronto bem mais complicado; a Alemanha foi o único grande a estrear bem e depois comeu bola na derrota para a Sérvia e não me convenceu contra Gana, enquanto isso a Inglaterra jogou apenas um tempo convincente em toda Copa - o primeiro, contra a Eslovênia -, mas elas por elas vem crescendo. Aposto na Alemanha, mas por um placar apertado num jogo desgastante - o que seria ótimo para a Argentina.
Paz e bem!
ResponderExcluirComentário
extraesportivo:
Uruguai x EE.UU.A.
me chamou a atenção
que ambos usaram camisetas
relativamente parecidas:
azul celeste x branco
Olá, Eugenio! Mas o uniforme mais legal foi esse de Gana hoje!
ResponderExcluirabraço
O uniforme do Uruguay é muitooo Lindooo...
ResponderExcluiraquela celeste representa muita coisa...
e o uniforme branco tambem esta mutio lindoo
Paz e bem!
ResponderExcluirAnônimo:
Não comentei sobre estética,
mas sobre serem uniformes
bastante similares.